Unidade 1

Do Império à Primeira República: o surgimento da saúde pública​

Aula 2

República e saúde pública

As elites que fundaram a República tinham como objetivo mudar a face do país, modernizando-o e aproximando-o das nações europeias. Para isso, julgavam necessário melhorar o quadro sanitário das cidades brasileiras, em especial do Rio de Janeiro, então capital do país.

A cidade era um lugar insalubre e dominado por epidemias, o que afastava comerciantes e imigrantes estrangeiros.

Saiba Mais
Favela do morro do Pinto, fotografada por Augusto Malta em 1912.
Favela do morro do Pinto, fotografada por Augusto Malta em 1912.​
Fonte:Viviane da Silva Araújo, «Cidades fotografadas: Rio de Janeiro e Buenos Aires sob as lentes de Augusto Malta e Harry Olds, 1900-1936», Nuevo Mundo Mundos Nuevos [Online].​

A imagem negativa da capital federal não era favorável a um país agroexportador, que dependia da mão de obra imigrante e da constante ampliação do comércio externo.

Com o tempo, a melhoria da condição sanitária dos grandes centros tornou-se questão política e econômica relevante, e os serviços de saúde passaram a ocupar espaço no debate político da jovem República.

Atenção

Importante para o campo da saúde foi a constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, que transferiu para os municípios e estados as atribuições relacionadas à saúde. Esse mecanismo formatou o perfil que a saúde pública teve durante toda a Primeira República.