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Diabetes Mellitus no SUS
Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado

Módulo 3 | Aula 1 Redes de atenção à saúde, doenças crônicas e autocuidado

Tópico 6

O autocuidado no tratamento do Diabetes Mellitus

Entende-se como autocuidado o conjunto de ações realizadas pelo indivíduo para cuidar de si e assim, promover melhor qualidade de vida e bem-estar para si próprio.

Foto de uma mulher branca e loira, ela está com o cabelo preso em um rabo de cavalo, veste uma blusa azul de mangas curtas, está fazendo exercício, ao fundo várias árvores desfocadas na imagem.
Fonte: Freepik

As redes de atenção estão organizadas para receber o paciente e tratá-lo da forma mais ampla possível, o que envolve uma série de profissionais de saúde. Mas essa estrutura só terá sucesso se o paciente fizer o autocuidado.

Considerando o diabetes como uma doença crônica que requer cuidados contínuos, o autocuidado é reconhecido como base central para um tratamento efetivo, onde a pessoa com diabetes é a protagonista do cuidado, ao lado da família e equipe de saúde, que atua como facilitadora em todo o processo.

Imagem ilustrativa de quatro pessoas uma ao lado da outra, uma mulher em pé segurando uma maçã em uma mão e um copo de água na outra, um homem segurando um peso com as duas mãos, uma mulher agachada com um coração registrando batimentos e em pé uma mulher com uma garrafa de hidrotônico na mão.
Fonte: Freepik

Práticas de cuidado que promovam o controle e prevenção de complicações do diabetes são de extrema importância para promover maior qualidade de vida e independência aos pacientes diabéticos, além de reduzir os gastos excessivos com tratamento e reabilitação.

Quando o paciente realiza ações de promoção da saúde como alimentação saudável, uso adequado dos medicamentos prescritos, atividade física, sono adequado, equilíbrio emocional, monitorização da glicemia, cuidado com os pés, consultas e exames, há uma maior chance de controle dos sintomas e complicações, além de conviver com a doença de forma mais adaptada e com qualidade.

Apesar do paciente com diabetes necessitar de um acompanhamento contínuo e longitudinal dentro das RAS, é na Atenção Primária à Saúde (APS) que os profissionais de saúde devem realizar o diagnóstico, acolhimento e tratamento desses pacientes. O acompanhamento contínuo deve ser pautado na construção de vínculo com o paciente, utilizando-se de diálogo, respeito, confiança e considerando a realidade social do indivíduo no território.

Com esse tipo de relação, é possível identificar os problemas e as potencialidades, visando estimular a autonomia da pessoa com a valorização dos aspectos individuais para a definição de metas e prioridades, permitindo uma construção conjunta de um plano de cuidados e monitorização dos resultados.

A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda 7 comportamentos para o autocuidado, que baseado em evidências científicas definidas pela Associação Americana de Educadores em Diabetes, estabelece pontos de atenção e habilidades que o paciente deve buscar desenvolver para alcançar um bom controle glicêmico e uma melhor convivência com essa condição clínica.

Fonte: Campus Virtual Fiocruz

É importante que esses pontos sejam discutidos em ações de educação em saúde, grupos de autocuidado e rodas de conversa para que os profissionais de saúde ouçam, orientem e esclareçam dúvida, possibilitando que as pessoas com diabetes compartilhem suas experiências e aprendam umas com as outras. Essa troca de informações ajuda a compreender melhor a condição e a refletir sobre as práticas para gerenciar a doença de forma eficaz.