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Diabetes Mellitus no SUS
Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado

Módulo 3 | Aula 1 Redes de atenção à saúde, doenças crônicas e autocuidado

Tópico 2

Redes de Atenção à Saúde

O que é?

Redes de Atenção à Saúde (RAS) é uma forma de organizar as ações e serviços de saúde - de promoção, prevenção e recuperação - em todos os níveis de atenção à saúde no SUS (atenção primária, secundária e terciária) em um determinado território.

Figura ilustrativa com seis imagens diferentes, a primeira é de uma mulher com jaleco sentada em frente a um computador, ao seu lado outra mulher sentada; a segunda figura é de um senhor em pé com jaleco e prancheta, na sua frente um homem com uma mala na mão e uma mulher com um bebê no colo; a terceira é de uma mulher em pé de jaleco com um quadro com letras atrás dela; a quarta figura é de uma mulher vestida com blusa e calça verde, está com um crachá no pescoço, ao seu lado um homem de muletas e com a perna direita enfaixada; a quinta é de um homem com blusa e calça verde, ele está utilizando o ultrassom em uma mulher que está deitada na cama, na tela do monitor mostra um bebê; a última figura é de um senhor de jaleco e com um estetoscópio, ao seu lado um homem de jaleco segurando uma prancheta.
Fonte: Freepik

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) permitem a articulação e a interconexão de todos os conhecimentos, saberes, tecnologias, profissionais e organizações ali existentes, para que o cidadão possa acessá-los, de acordo com suas necessidades de saúde, de forma racional, harmônica, sistêmica, regulada e conforme uma lógica técnico-sanitária.

Os objetivos das RAS são:

  • melhorar a qualidade da atenção e de vida dos usuários;
  • otimizar a utilização dos recursos;
  • promover a equidade em saúde.

A maneira mais usual de se fazer o diagnóstico do diabetes mellitus é através da dosagem da glicemia ou da hemoglobina glicada (HbA1c), esta última representando um "resumo" dos níveis de glicemia dos três meses anteriores à data do teste.

Nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), não há uma hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde: todos os componentes das RAS são igualmente importantes, diferenciando-se pela complexidade do caso e pelas densidades tecnológicas necessárias para atender à situação de saúde do paciente, podendo variar desde o nível de menor densidade tecnológica até o de maior densidade.

Menor densidade

Atenção primária

Exemplos: Postos de saúde

Densidade intermediária

Atenção secundária

Exemplos: serviços ambulatoriais e médicos especialistas

Maior densidade

Atenção terciária

Exemplos: Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

O sistema se organiza sob a forma de uma rede horizontal de atenção à saúde, com a Atenção Primária à Saúde (APS) e seus sistemas de apoio, sem ordem e sem grau de importância entre si.

Mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para as Redes de Atenção à Saúde, uma pirâmide dividida em três partes, no topo está escrito: alta complexidade, no meio: média complexidade e na base: atenção básica, ao lado uma seta e um esquema de APS (Atenção Primária à Saúde) com seis círculos, um no meio e cinco em volta, cada círculo é ligado por uma seta ao outro, as setas vão e voltam, os círculos de fora se ligam com o que está ao seu lado, e o do meio se une aos de fora, nele está escrito APS.
Mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para as Redes de Atenção à Saúde. Fonte: Campus Virtual Fiocruz, a partir de Mendes, 2012.

Esses sistemas de atenção à saúde devem dar respostas sociais frente às necessidades de saúde da população. Os usuários precisam ter certeza de que receberão atendimento contínuo. É importante garantir que haja acompanhamento ao longo do tempo, não apenas para tratar problemas de saúde, mas também para tornar as medidas preventivas e de promoção da saúde mais eficazes.