A saúde é um direito humano fundamental, mas historicamente, a desigualdade racial tem permeado diversos setores da sociedade, incluindo o campo da saúde. Nesse viés, há a necessidade de estratégias, ações e ferramentas de enfrentamento e superação das disparidades raciais que afetam a qualidade e o acesso aos serviços de saúde.

Os processos de trabalho nos sistemas de saúde, incluindo o Sistema Único de Saúde (SUS), devem ser repensados à luz das práticas antirracistas, com a análise crítica das políticas públicas, a alocação de recursos e a dinâmica do atendimento ao usuário. É necessário que os trabalhadores da saúde tenham condições de reconhecer práticas racistas que comparecem nas estruturas, nas instituições e nas relações sociais, podendo assim contribuir para eliminá-las.

Você já parou para pensar nas ferramentas e estratégias que você pode adotar em seu ambiente de trabalho para combater o racismo? Essa reflexão é importante para que se possa reconhecer e atuar sobre as desigualdades reproduzidas e produzidas nos serviços de saúde.

O letramento racial emerge como uma ferramenta potente para promover a compreensão dos trabalhadores da saúde acerca das definições do racismo em suas diversas manifestações, assim como as estratégias para combatê-lo. Esse entendimento é fundamental para transformar os processos de trabalho no SUS tendo em vista um atendimento integral e equânime.