As imbricações entre gênero, raça e classe desempenham um papel fundamental na forma como o cuidado em saúde é acessado, oferecido e recebido. A complexidade da relação entre esses elementos pode influenciar significativamente os resultados de saúde das populações, especialmente de grupos sociais vulnerabilizados. Nesse contexto, o letramento racial emerge como uma ferramenta estratégica para subsidiar a ação de trabalhadores da saúde, possibilitando uma compreensão mais profunda das dinâmicas de poder e preconceito que afetam a saúde dos indivíduos.

No contexto da atenção primária à saúde, o letramento racial torna-se ainda mais crucial. O contato contínuo com os pacientes oferece uma oportunidade essencial para mitigar disparidades em saúde. Explorar as relações entre gênero, raça, classe no cuidado em saúde, com foco no letramento racial, revela caminhos para um sistema de saúde mais justo e inclusivo. Isso, por sua vez, é fundamental para desenvolver estratégias que promovam a equidade, garantindo cuidados de qualidade em saúde para todos, independentemente de sua origem social ou identidade.