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Campus Virtual Fiocruz

Diabetes Mellitus no SUS
Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado

Módulo 2 | Aula 4 Tratamento farmacológico do diabetes: estratégias de uso e peculiaridades no manejo dos pacientes idosos

Tópico 1

Introdução

Na aula anterior, falamos sobre as classes terapêuticas e suas características para o tratamento do diabetes mellitus. Agora, vamos abordar as estratégias farmacológicas de uso e peculiaridades no manejo dos pacientes idosos.

Foto de uma senhora branca, com cabelos curtos brancos, vestindo uma blusa de mangas compridas com botões, em uma mão ela segura um copo de água, na outra mão segura duas cartelas de comprimidos.
Fonte: Freepik

O diabetes é um problema de saúde pública não somente no Brasil, mas também em todo o mundo. É uma condição altamente prevalente na população idosa.

Com a tendência global de envelhecimento populacional, espera-se um rápido aumento no número de pessoas vivendo com essa condição.

Os pacientes idosos com diabetes têm, em média, uma expectativa de vida mais curta, falecendo 4,6 anos antes e desenvolvendo incapacidade de 6 a 7 anos mais cedo quando comparados aos idosos sem diabetes.

No Brasil, a prevalência de diabetes tipo 2 na população com mais de 65 anos foi estimada em 18,4%, embora não existam números consistentes sobre a incidência. Além disso, os dados sobre custos de tratamento do diabetes no Brasil são preocupantes. Por isso, é fundamental o controle glicêmico para evitar o desenvolvimento das complicações do diabetes (doenças cardiovasculares, renais, oculares, etc.). Isso também vale para pacientes idosos, porém com possíveis ajustes dependendo da sua condição clínica. Outros fatores, tais como tipo e duração do diabetes e risco de hipoglicemia, também devem ser considerados.

Recentemente, diversos novos medicamentos para controlar a glicemia têm sido disponibilizados, atuando em vários aspectos da fisiopatologia do diabetes, como a resistência à insulina no fígado e nos músculos, falha nas células beta do pâncreas e redução do efeito incretínico, entre outros.

O acompanhamento dos pacientes idosos requer avaliações médicas regulares a cada 3 meses, além de avaliações sociais, nutricionais, psicológicas e funcionais. Idosos com diabetes têm maior risco de diminuição da função cognitiva, depressão, quedas, sarcopenia e fragilidade. Essas condições podem impactar a qualidade de vida e prejudicar o automanejo da doença.

Objetivos

Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de:

  • Identificar as diferentes estratégias terapêuticas disponíveis para cada tipo de paciente diagnosticado com diabetes mellitus.
  • Avaliar se o indivíduo com diabetes mellitus está atingindo a meta de tratamento proposta por seu médico, considerando sua idade e comorbidades.
  • Listar os possíveis efeitos colaterais do tratamento do diabetes mellitus que necessitem de encaminhamento e intervenção para minimizar os riscos nos pacientes idosos.

Pronto(a) para aprender?

Bons estudos!