Módulo 2 | Aula 3 Tratamento farmacológico do diabetes: classes terapêuticas disponíveis e suas características
Introdução
Dando continuidade aos tipos de tratamento do diabetes, nesta aula vamos falar sobre o tratamento farmacológico.
Já sabemos que o diabetes é uma doença crônica não transmissível, de causa multifatorial e associada a várias complicações. Para evitar essas complicações, é fundamental adotar mudanças no estilo de vida e realizar um tratamento contínuo para alcançar o controle glicêmico, mantendo a hemoglobina glicada (HbA1c) abaixo da meta individualizada conforme a situação clínica. O recomendável é que ela seja inferior ou igual a 7%.
A obtenção de níveis adequados de glicose é essencial para reduzir o risco de complicações microvasculares, como retinopatia, doença renal e neuropatia. Para alcançar esses níveis, as primeiras medidas geralmente propostas são as não farmacológicas, conforme visto na aula 1 deste módulo.
Entretanto, na prática, é muito comum a necessidade de medidas farmacológicas. Estas são propostas com base em evidências científicas, levando em consideração as características do paciente, de modo a não aumentar o risco de hipoglicemia e garantindo segurança cardiovascular.
No diabetes tipo 1, o pâncreas não consegue sintetizar insulina. Portanto, ao receber o diagnóstico de diabetes tipo 1, é essencial iniciar o tratamento com insulina para evitar complicações graves, como a cetoacidose.
As insulinas e seus análogos são a primeira escolha também para o diabetes gestacional, podendo ser necessárias em estágios mais avançados do diabetes tipo 2, com ou sem outros antidiabéticos associados.
No caso do diabetes tipo 2, há uma maior variedade de opções medicamentosas, pois existem várias classes terapêuticas com diferentes modos de ação (redução da resistência à insulina, estimulação da sua produção etc.) e diferentes formas de administração (oral ou injetável).
Ao se diagnosticar o diabetes tipo 2, o tratamento geralmente começa, além das medidas não farmacológicas, com monoterapia. Posteriormente, caso a meta glicêmica individualizada não seja atingida, adiciona-se um ou mais medicamentos de outras classes, com mecanismos de ação diferentes.
Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de:
- Identificar as principais características relacionadas às classes de antidiabéticos recomendados nas Diretrizes Brasileiras de Diabetes.
- Orientar uma pessoa com diabetes sobre o cuidado com seu tratamento farmacológico, o correto manejo da insulina e outros injetáveis, bem como o descarte adequado dos materiais utilizados na aplicação de insulina e no monitoramento da glicemia.
Pronto(a) para aprender?
Bons estudos!