Módulo 5 | Aula 2 Autocuidado no âmbito profissional

Tópico 3

Relacionamento interprofissional

Fonte: Freepik.com

Os cenários de práticas favorecem as ações interprofissionais, os encontros entre duas ou mais profissões, permitem o aprendizado em conjunto, de forma interativa, com o propósito explícito de melhorar a colaboração e qualidade da atenção à saúde. Em conjunto, os profissionais serão capazes de se ajudarem no processo de reorientação da formação e do trabalho em saúde, com vistas à superação de importantes entraves da realidade da produção dos serviços de saúde. (REEVES, 2016)

Esses momentos de encontros, entre estudantes e profissionais de diversas áreas, devem ser planejados e feitos de forma coordenada para que não se transformem em ações separadas em espaços comuns, e sim espaços de troca de saberes, reflexão dos casos, das práticas educativas e de intervenção e uma nova ação interprofissional a ser planejada. É importante que sejam desenvolvidos com metodologias participativas, colaborativas e elaborem conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para uma formação no serviço, com enfoque nas necessidades dos usuários e na troca de saberes para ações entre as diferentes práticas profissionais. (PEDUZZI, 2016; COSTA, 2015)

As aprendizagens vinculadas ao trabalho e às trocas de experiências se definem como educação permanente em saúde, feita a partir dos problemas enfrentados na realidade e levam em consideração os conhecimentos e as experiências que as pessoas já têm.

Propõe-se que os processos de educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização do processo de trabalho e que as necessidades de formação para o desenvolvimento dos trabalhadores sejam pautadas pelas necessidades de saúde das pessoas a fim de que se faça reflexões sobre as ações no trabalho em saúde. (BRASIL, 2018)

A APS, mais que um local de trabalho, é um espaço comunitário de vivências práticas de saberes e interações, seria o momento de ação sobre a reflexão de todos os casos clínicos e estudos comunitários para que o usuário se sinta acolhido e escutado nas suas necessidades de saúde e de todo o seu entorno.

Além dos aspectos profissionais vinculados às relações pessoais e profissionais, os espaços de convívio são cruciais para o trabalho se desenrolar de forma saudável e de modo semelhante os ambientes também se comunicam com os que nele habitam e a forma de apresentação destes torna mais agradável a experiência na saúde. É importante ficar atento para aspectos relacionados à ambiência da sua Unidade Básica de Saúde.

Neste aspecto, a Política Nacional de Humanização (PNH) trata desse assunto nas suas diretrizes, no qual a ambiência é uma delas, junto ao acolhimento, entre outras.

O entendimento sobre ambiência está alicerçado basicamente em três eixos norteadores.

Focada na privacidade e singularidade dos envolvidos, valorizando fatores que interferem tais como cor, cheiro, som, iluminação, morfologia, e garantindo conforto aos trabalhadores e usuários.

Que possibilite a produção de subjetividades, por meio de ação reflexão sobre os processos de trabalho.

Facilitadoras do processo de trabalho que favorecem a otimização de recursos, o atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo. (BRASIL, 2010, p. 6)