Falha vacinal
A falha de vacinação ou falha vacinal é caracterizada pela falta de resposta protetora adequada após a vacinação e pode acontecer em decorrência de problemas com o produto ou devido a características próprias do indivíduo que recebeu a vacina. Pode ser definida com base em critérios clínicos ou imunológicos que correlacionam ou substituem os marcadores de proteção de uma doença imunoprevenível.
A falha de vacinação precisa ser investigada, levando-se em consideração causas possíveis relacionadas ao produto e ao vacinado. É preciso também diferenciar a falha primária, em que não há resposta imune protetora após a vacinação, da secundária, que consiste no declínio gradual da resposta imune com o tempo.
Conheça o algoritmo utilizado para investigação de falhas vacinais:
Fonte: Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação.
O algoritmo utilizado para investigação de falhas vacinais está na página 69 do Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação (4ª ed.). Você pode baixar a imagem do algoritmo aqui.
As causas relacionadas à vacina e à vacinação são mais facilmente investigadas e compreendidas e, muitas vezes, podem ser corrigidas. Incluem erros de administração, como diluição errada, prazo de validade expirado, esquema vacinal incompleto e conservação, armazenamento ou transporte em temperaturas inadequadas. Também devem ser considerados possíveis desvios de qualidade do produto, interações, no caso de coadministração de vacinas, e o fato de que não há vacina 100% eficaz.
Já as causas relacionadas ao indivíduo que recebeu a vacina são mais complicadas de investigar. Podem estar relacionadas a imunodeficiência ou resposta imune insuficiente, maturação/decaimento da resposta imune em função da idade, mau estado de saúde, interferência de outros agentes infecciosos, interferência imunológica, imunização durante período de incubação da doença ou fatores genéticos.