Determinantes do trabalho no SUS

Para o debate sobre o trabalho em saúde devemos nos aproximar dos principais determinantes políticos e socioeconômicos que afetam a dinâmica do emprego dos trabalhadores em saúde.

Nos últimos 30 anos, as relações de trabalho na saúde no Brasil e em boa parte dos países desenvolvidos foram marcadas por fenômenos fruto de um contexto nacional e internacional envolvendo três questões fundamentais:

  • Reestruturação da produção

  • Revisão do papel do Estado

  • Alterações importantes nos processos de trabalho

Reestruturação produtiva

A maioria das economias capitalistas experimentou no pós-guerra um crescimento econômico sem precedentes, aliado à expansão de programas de bem-estar social. O crescimento da produção esteve acompanhado de elevação salarial, redução das taxas de desemprego, ampliação dos padrões de consumo de massas e ampliação do sistema de proteção ao bem-estar. Isso ocorreu especialmente nas décadas de 1950 e 1960, seguindo o modelo Keynesiano de controle e regulação sobre a economia e a sociedade e com políticas de bem-estar social.

Em meados dos anos 1970, a crise dos países industrializados que implicou em um desequilíbrio econômico em escala mundial, marcada pela crise do petróleo e alterações de preços das matérias primas, acabou por aumentar o processo inflacionário e recessão, colocando sob questionamento o regime de acumulação fordista e, por conseguinte, o próprio modelo de relação de trabalho.

Com a emergência da reestruturação mundial do capitalismo, além das mudanças do antigo paradigma industrial e tecnológico, ocorrem dois movimentos graves de rompimento: dos compromissos sociais e das relações trabalhistas com direitos anteriormente conquistados.

No período atual, o movimento de reorganização produtiva flexível, embora imponha consequências econômicas e sociais que se diferenciam entre os países, têm elevado o grau de terceirização das diferentes economias, dificultando de forma crescente as perspectivas de reposição do nível de emprego com uma progressiva heterogeneidade das situações de trabalho. Esta heterogeneidade materializa-se na perda de importância das políticas de pleno emprego, acompanhada pelo aumento exponencial da precarização dos empregos em todos os setores.

O que é precarização do trabalho

De acordo com o Dicionário da Educação Profissional em Saúde, o termo precarização do trabalho tem sido usado para apontar as perdas nos direitos trabalhistas ocorridas no contexto das transformações do mundo do trabalho.

Graça Druck aponta alguns tipos de precarização do trabalho:

  • Vulnerabilidade das formas de inserção e desigualdades sociais

  • Intensificação do trabalho e terceirização

  • Insegurança e saúde no trabalho

  • Perda das identidades individual e coletiva

  • Fragilização da organização dos trabalhadores

  • Condenação e o descarte do direito do trabalho

Para saber mais sobre o tema:

Acesse o Dicionário da Educação Profissional em Saúde.

• Revisão do papel do Estado

Esse é um determinante que afeta a dinâmica dos empregos no setor saúde e também a relação com a sociedade. Isso ocorre por meio de propostas de Reformas no qual o Estado transita de um modelo provedor para o de regulador.

A partir da década de 1970, o rompimento do padrão de estruturação do mercado de trabalho das economias desenvolvidas trouxe uma série de questionamentos sobre os Estados de Bem-Estar Social (Welfare States). Em diversos países, houve desregulamentação das regras trabalhistas, intensificação da terceirização, adoção de novas formas de contratação e de práticas gerenciais flexíveis que redefiniram as relações de trabalho e impuseram um novo padrão.

No Brasil, esse movimento pela terceirização se intensificou a partir da década de 1990. A reforma do Estado, conduzida pelo governo federal, contribuiu para ampliar a terceirização no setor público nas diferentes áreas e setores da esfera pública. Várias modalidades de terceirização foram adotadas na saúde, onde os vínculos de trabalho passam a ser cada vez mais vulneráveis.

Empresas prestadoras de serviço, Organizações Sociais (OS), Organizações Não Governamentais (ONGs), cooperativas, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs)

Contratação de Pessoa Jurídica (PJs)

Empresas de plataforma e aplicativos de telemedicina

• Mudanças estruturais nos processos de trabalho

As mudanças estruturais são aquelas que ocorrem no cotidiano dos trabalhadores. Elas são, ao mesmo tempo, fator de intervenção e resultado dos fenômenos que ocorrem no processo de trabalho diário. O inter-relacionamento desses eventos também afeta a vida dos trabalhadores, ou seja, eles passam a conviver em um mundo onde há perda dos direitos trabalhistas e das conquistas que os protegiam, social e psiquicamente. O ambiente se torna ainda mais competitivo e individualista, gerando grandes desafios na construção de espaços coletivos e organizativos de reconquista de seus direitos.

Cenário internacional e nacional da Gestão do Trabalho

O cenário internacional aponta para uma série de desafios no que se refere às questões da gestão do trabalho. Várias questões se acumulando ao longo dos anos, com destaque para a baixa remuneração e motivação das equipes, a iniquidade distributiva da força de trabalho. Somam-se a isso os desafios emergentes como a migração entre países, baixa capacidade de preparação e fixação de trabalhadores e o impacto das epidemias na força de trabalho da saúde, resultando em sobrecarga de trabalho. A situação é, ainda, agravada quando os programas de ajuda internacional, além de apontarem para a necessidade do estabelecimento de políticas macroeconômicas sólidas, referem-se ao quadro de recursos humanos em saúde como condicionante para a ajuda financeira.

Assim, na agenda internacional, atores diversificados unem esforços para a superação dos desafios relativos às questões de recursos humanos na área da Saúde. São quatro os grandes objetivos para superar esse desafio:

  • Aumentar a cobertura e a fixação das equipes de profissionais para assegurar a prestação de serviços de saúde de forma adequada e equitativa.

  • Garantir competências e habilidades-chave para a força de trabalho em saúde.

  • Aumentar o desempenho da equipe de profissionais frente aos objetivos definidos.

  • Fortalecer a capacidade de planejamento e gerenciamento de recursos humanos no setor Saúde.

Clique nos cards para conhecer algumas estratégias para a área de Recursos Humanos, apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS):

Curto Prazo

  • Fortalecimento de práticas gerenciais;

  • advocacy;

  • desenvolvimento de políticas para incentivos e fixação de recursos humanos;

  • apoio ao treinamento em serviço;

  • disseminação das novas práticas.

Médio Prazo

  • estudos da implementação e do impacto das políticas (custos da migração, da formação e do treinamento, da motivação e dos incentivos, das condições de trabalho);

  • desenvolvimento de sistemas de informação de recursos humanos.

Longo Prazo

  • fortalecimento da capacidade dos formuladores de política regional e nacional;

  • construção de infraestrutura.

Em plena era tecnológica, que se caracteriza pela redução do uso de mão-de-obra intensiva, o setor saúde é de grande relevância social não só pelos serviços prestados à população como pela sua enorme capacidade geradora de empregos. Desta forma, o setor é importante tanto para a economia como para o bem-estar social, expressando uma articulação potencialmente virtuosa dessas duas dimensões na sociedade.

Segundo dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira em 2022 era de cerca de 203 milhões de habitantes. Para atender a essa população, o país possui um complexo e sólido Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, são 329.854 estabelecimentos de saúde, ambulatoriais e/ou hospitalares, 447.510 leitos. O SUS emprega mais de 3,5 milhões de profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, odontólogos e demais profissionais bem como técnicos e auxiliares de saúde (enfermagem, de laboratório, de radiologia etc.), compondo uma Força de Trabalho (FT) bastante diversificada e qualificada. Essas informações estão no artigo Com a palavra, os profissionais, de 2020, dos autores Machado, Carvalho e Campos.

Para melhor compreender a estrutura ocupacional em Saúde no Brasil

• Formação de Profissionais de Saúde

O trabalho em saúde é carregado de subjetividade, sendo, em sua essência, relacional, agregando tecnologias durante o processo saúde-doença-cuidado. Isso exige dos trabalhadores uma formação de qualidade, educação permanente e competências específicas para atender as demandas do mercado de trabalho sanitário.

O ordenamento para a formação de recursos humanos é uma das atribuições do SUS. Ele busca dar conta de problemas relacionados à educação na saúde e à formação de profissionais para a Atenção Primária à Saúde (APS), com um olhar sensível às necessidades de saúde das famílias e comunidades. Alguns dos problemas relacionados à formação em saúde ainda não foram superados. Ainda persiste uma formação inadequada dos profissionais que atuam ou irão atuar no sistema, além da defasagem entre ensino, realidade e aspectos pedagógicos, acrescendo-se a expansão do ensino privado.

Após mais de 30 anos de SUS, ainda perduram dificuldades para o desenvolvimento de práticas integrais, de prevenção de riscos, agravos e doenças e de promoção da saúde, seja no cuidado, na assistência e na atenção à saúde, às famílias e comunidades nos diferentes espaços do território brasileiro. A atuação nos níveis de atenção à saúde do SUS exige, em especial na APS, uma diversidade de saberes e práticas em áreas relacionadas à gestão sanitária, ao cuidado de famílias e comunidades, ao manejo das determinações e consequências sociais, ao território sanitário de atuação, que impõe, diariamente, novas situações a serem enfrentadas. Por isso, uma educação em saúde de qualidade é a base para o desenvolvimento do trabalho do SUS.

Com a implementação de programas como Estratégia Saúde da Família (ESF), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Programa Brasil Sorridente e os Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), vários postos de trabalho foram criados para as áreas de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Assistência Social, Educação Física e outros.

A implantação de políticas e programas setoriais da saúde influenciou também a abertura de inúmeros cursos na área da saúde, em função de novos postos de trabalho.

O volume de cursos de graduação voltados à formação de 14 profissões da saúde entre 1995 e 2015 aumentou de 1.032 para 5.222 (506% de crescimento), com destaque para: Fisioterapia (788,9%); Serviço Social (468%); Psicologia (387%). Observam-se ainda crescimentos exponenciais para os cursos de Medicina (348,7%); Enfermagem (899%) e Odontologia (351,7%). Importante registrar que tal aumento reflete a expansão e predomínio da participação da iniciativa privada no sistema educacional da saúde.

Outro ponto sobre o trabalho no SUS é a correlação entre formação e empregos, ou seja, a região Sudeste aglutina a maioria das organizações educacionais em saúde e o maior volume de empregos do país. Os estados que compõem a região Norte estão em posição oposta, ou seja, exibem baixas proporções de cursos e de empregos em saúde.

• Gestão do Trabalho na Saúde

Para a melhor compreensão do mercado de trabalho em saúde, alguns conceitos são importantes, uma vez que se trata de mercado inserido em um sistema de saúde que tem abrangência e complexidade nacional, ou seja, um sistema integrado e unificado, cujo dever constitucional é o de atender a toda população brasileira.

Uma definição central para análise desse mercado de trabalho é a distinção entre profissional de saúde, trabalhador de saúde e trabalhador do SUS.

Apesar de serem categorias aparentemente semelhantes, guardam diferenças importantes quando se examina, por exemplo, a participação desses profissionais na equipe de saúde ou, até mesmo, quando se busca melhor entendimento sobre a inserção específica do médico, do enfermeiro, do farmacêutico, do psicólogo ou assistente social no mercado de trabalho. Propõe-se a seguinte distinção para essas categorias:

  • Profissionais de saúde

    São aqueles que, estando ou não ocupados no setor saúde, têm formação/qualificação profissional específica para atuar na área.

  • Trabalhadores de saúde

    São todos os que se inserem direta ou indiretamente na atenção à saúde, em estabelecimentos de saúde ou nas atividades de saúde, podendo ter ou não formação específica na saúde.

  • Trabalhadores do SUS

    Todos que estão atuando no SUS, englobando as duas categorias acima descritas.

Ainda há dois conceitos que, embora distintos, frequentemente são confundidos nas análises sobre o mercado de trabalho em saúde: profissional de saúde e emprego em saúde.

Mas há uma diferença conceitual importante: 'profissional de saúde', refere-se ao profissional que existe no mercado de trabalho disponível para trabalhar, ou seja, à oferta de mão de obra disponível. Já 'emprego de saúde' diz respeito à demanda do mercado, ou seja, à quantidade de postos de emprego existentes no setor.

Essas definições são importantes porque permitem medir, por exemplo, o equilíbrio ou desequilíbrio entre oferta e demanda, quantificar o desemprego, emprego pleno, subemprego ou até mesmo excesso de mão de obra disponível no mercado sem conseguir trabalho na área.

A constituição e a consolidação do SUS

As décadas de 1980 e 1990 foram repletas de inovações e transformações no sistema de saúde, configurando-se em 'anos paradigmáticos' para a saúde pública do Brasil. A constituição do Sistema Único de Saúde (SUS) e os seus valores - o princípio da universalidade de acesso, da integralidade da atenção à saúde, da equidade, da participação da comunidade, da autonomia das pessoas e da descentralização - representou para os gestores, trabalhadores e usuários do sistema uma nova forma de pensar, estruturar, desenvolver e produzir serviços e assistência em saúde.

O sistema de saúde passou a ser, de fato, um sistema nacional com foco municipal, o que se denomina 'municipalização'. Ao longo de mais três décadas do SUS, ocorreu uma forte inversão do 'parque sanitário brasileiro', especialmente aquele sob o comando público: houve uma descentralização dos órgãos, hospitais, ambulatórios, leitos e empregos de saúde, que passaram a ter centralidade nos municípios.

São identificados três movimentos neste processo:

Clique aqui para abrir a tabela Comportamento dos Empregos em Saúde, por Esfera Administrativa, de 1992 a 2014.

Ao longo dos anos, o grau de escolaridade cresceu devido a:

  • ampliação do quantitativo de profissionais de nível superior

  • inserção de novas profissões na equipe

  • crescimento do pessoal técnico

  • qualificação da equipe de enfermagem.

O trabalho em saúde tem sido desenvolvido e ampliado atualmente por meio de equipes multiprofissionais e multidisciplinares, requerendo cada vez mais a incorporação de novos profissionais.

Política de Gestão do Trabalho e da Educação: Avanços, Retrocessos e Desafios

De forma resumida, pode-se dizer que a política de Recursos Humanos em saúde no Brasil pré-SUS se divide em três períodos:

Linha do tempo da política de Recursos Humanos em saúde no Brasil pré-SUS

Período entre 1967 - 1974

Marcado pelo incentivo à formação profissional de nível superior, expansão dos empregos privados, incremento da contratação de médicos e atendentes de enfermagem, reforçando a bipolaridade médico/atendentes; incentivo à hospitalização/especialização.

Período entre 1975 - 1986

Representado pelo aumento da participação do setor público na oferta de serviços ambulatoriais e hospitalares e a formação do pessoal técnico e sua incorporação nas equipes de saúde.

Período de 1987 – 1990

Caracterizado pelas mudanças estruturais rumo à Reforma Sanitária, marcadas, especialmente, pelo processo de descentralização da assistência e, consequentemente, dos profissionais que integram os serviços.

A partir da Reforma Sanitária e da criação do SUS, era necessária a construção de uma política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde norteada pela participação do trabalhador como condição fundamental para a efetividade e a eficiência do SUS. O trabalhador de saúde deve ser reconhecido como sujeito e agente transformador de seu espaço de atuação e protagonista de práticas e saberes, durante o processo de trabalho individual e coletivo. Para que isso ocorra, pressupõe-se a garantia de alguns requisitos básicos para a valorização do trabalhador, entre eles:

  • a existência de Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS);

  • vínculos de trabalho com proteção social;

  • espaços de discussão e negociação do trabalho;

  • educação permanente;

  • humanização da qualidade do trabalho.

O balanço após mais de 30 anos da criação do SUS permite identificar avanços e retrocessos no que se refere às políticas de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, configurando três grandes momentos.

Linha do tempo da política de Recursos Humanos em saúde no Brasil pós-SUS

Período de 1990 a 2002

A “década perdida” para os trabalhadores do SUS, caracterizada pelo abandono da proposta de construção de planos de carreiras para o SUS, precarização do trabalho, desmobilização do movimento sindical, pulverização das ações educativas e formativas no âmbito do SUS, proliferação de escolas privadas na área da saúde sob escassa regulação estatal. Esse período é marcado pela desvalorização dos trabalhadores da saúde

1993

O Conselho Nacional de Saúde cria a Mesa Nacional de Negociação

O governo federal desativa a Mesa Nacional de Negociação, no mesmo ano.

1997

Criação dos Pólos de Capacitação Formação e Educação Permanente de Pessoal para Saúde da Família.

Período de 2003 a 2015

Construção de uma Política de Gestão do Trabalho e Educação.

Período caracterizado pelo retorno aos princípios constitucionais de que saúde é um bem público e os trabalhadores da saúde também o são, com a construção e implementação de várias estratégias relevantes.

2003

Reativada a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS; criada a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), no âmbito do Ministério da Saúde; Projeto Vivências e Estágios na Realidade do SUS (VER-SUS); Programa de Desprecarização do Trabalho no SUS.

2004

Política Nacional de Educação Permanente em Saúde; AprenderSUS; Câmara de Regulação do Trabalho

2005

Pró-Saúde

2006

Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS; Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação no SUS (ProgeSUS); Fórum Permanente Mercosul para o Trabalho em Saúde

2007

Telessaúde

2008

PET Saúde

2010

UNA-SUS

2013

Instituído o Programa Mais Médicos (PMM), visando à lotação de médicos para viabilizar a assistência da população em locais longínquos e de difícil acesso do país, historicamente marcados pela escassez de profissionais da saúde.

Período de 2016 a 2022

Marcado por reformas liberais e perda dos direitos trabalhistas e sociais, situação agravada pelos impactos negativos da pandemia de COVID-19.

As ameaças contra a premissa constitucional da saúde, como direito de todos e dever do Estado, colocam imensos desafios ao campo da Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, que implicam na reorganização dos trabalhadores de saúde, da sociedade e do controle social na busca da preservação das conquistas e avanços produzidos nas últimas três décadas de implementação do SUS.

Chegamos ao final da aula. Agora você já entende a problemática do trabalho em saúde como parte do processo produtivo desse setor e consegue apontar os os principais determinantes socioeconômicos e políticos que afetam a dinâmica do emprego dos trabalhadores em saúde e alguns elementos das políticas de gestão do trabalho e da educação em Saúde no SUS e seus desafios.

REFERÊNCIAS:

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