Módulo 1

Introdução

Aula 3

Introdução

Tendo como referência o conceito atualizado das Emergências em Saúde Pública de importância nacional como “aquelas situações em que o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública é demandado em virtude da ocorrência de determinadas situações epidemiológicas, desastres e/ou desassistência à população (Brasil, 2011)” discutidos na aula de conceitos e terminologias sobre Emergências em Saúde Pública é possível perceber que este é um conceito dirigido para a prática de saúde pública.

De maneira resumida, Carmo (2020) cita que estes são eventos de saúde pública que constituem ou apresentam risco imediato de produção, disseminação ou agravamento de danos à saúde da população e, por isso, este é um conceito dirigido para a prática de saúde pública.

Desta forma, são necessárias medidas e ações do setor saúde de atenção, vigilância e outras áreas de atuação de acordo com as características do evento para o processo de gestão de riscos à emergência em saúde pública. Este processo abrange um conjunto de ações que têm como finalidade prevenir, reduzir e controlar ao máximo os fatores de risco presentes na localidade para diminuir o impacto das emergências em saúde pública (Carmo et al, 2008; Carmo, 2020).

Diante disso, é importante enfatizar que três premissas são essenciais para o processo de gestão de riscos para emergências em saúde pública, são elas (Freitas et al, 2018):

Todas as etapas do processo de gestão de riscos devem considerar todos os tipos de emergências em saúde pública, incluindo epidemias/pandemias, desastres e desassistência considerando os riscos, danos e agravos imediatos e de médio e longo prazos.

O processo de Gestão de Riscos não é estático, é permanente e contínuo, visto que os contextos e situações concretas de risco se transformam ao longo do processo, produzindo novos cenários de risco.



As ações do setor saúde nas etapas e fases do processo de gestão de riscos não podem estar centradas somente na atenção em saúde (atenção básica; urgência e emergência; leitos de UTI) e vigilância em saúde para os riscos, danos, doenças e agravos de curto prazo. Estas devem ser planejadas e organizadas também para ações de médio e longo prazos, a depender do tipo e magnitude da emergência em saúde pública e, por isso, a importância de outros setores e áreas também serem envolvidos.