MÓDULO 4 | AULA 4
Ações educativas e
comunicativas de
vigilância em saúde
Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS)
Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS) é considerado um instrumento importante para organizar as ações da Vigilância em Saúde no nível local do SUS, por se tratar de uma proposta metodológica que permite negociação entre os diversos atores sociais interessados, com capacidade de agir em um determinado território. Portanto, o conteúdo das práticas poderá incorporar desde ações políticas — de mobilização social no âmbito de organizações governamentais e não governamentais — até ações de saúde propriamente ditas, envolvendo educação em saúde e comunicação social dirigidas a grupos específicos em função da distribuição social dos casos de Mpox identificados no território.
Uma atuação territorializada permite o desenvolvimento de práticas de Vigilância em Saúde com ações educativas e comunicativas, a partir da identificação das condições de vida e dos recursos do território. Com a utilização de uma linguagem local, podem comunicar e informar em:
- Rádios;
- Jornais comunitários;
- Escolas;
- Grupos de dança, música e teatro;
- Carros de som;
- Igrejas;
- Associações comunitárias;
- Blogs.
Veja a seguir alguns exemplos de comunicações populares:
A comunicação popular em saúde a partir de componentes culturais como literatura, música e outras formas de expressão artística podem subsidiar ações de enfrentamento aos problemas de saúde, como a Mpox.
Fonte: https://wikifavelas.com.br/index.php/Teia_de_Comunica%C3%A7%C3%A3o_Popular_do_Brasil
No Recife, iniciativas comunitárias fortalecem a comunicação popular.
Rodas de conversa e outras formas de reuniões e encontros entre as pessoas estimulam a comunicação em uma linguagem própria do grupo para organizar ações de vigilância em saúde.
Fonte: https://www.brasildefatope.com.br/2018/04/26/no-recife-iniciativas-comunitarias-fortalecem-a-comunicacao-popularA cultura local, com atores protagonistas dos modos mais tradicionais e diretos de comunicação e de educação, baseados na proximidade do cotidiano e na palavra falada como em igrejas, escolas, clubes, grafiteiros, grupos artísticos de dança e música, associações de todos os tipos, redes de apoio social e de ajuda mútua e de solidariedade que atuam em diversos setores de atividades, são fundamentais para promover saúde e enfrentar a Mpox no território.
Os diversos modos de fazer cultura e de reproduzi-las em ações educativas e comunicativas, muitas vezes envolvidas no cotidiano das populações, se constituem em um repertório a ser considerado nas estratégias de enfrentamento da Mpox.