read_more

Mpox: Vigilância, Informação e Educação em Saúde

MÓDULO 3 | AULA 1 Prevenção e o papel dos profissionais de saúde na suspeita, encaminhamento e acompanhamento de casos

Tópico 1

Papel da APS nos casos de Mpox

Os profissionais da equipe de saúde da APS devem estar qualificados para, em seu âmbito específico de atuação, conseguirem identificar os sinais e sintomas que são compatíveis com a Mpox, prestar acolhimento a essas situações e referenciar adequadamente o possível caso para o serviço, que poderá confirmar ou não o diagnóstico. Além desse conhecimento específico, nos casos confirmados, a equipe da APS deve estar qualificada para oferecer o cuidado adequado ao paciente e à sua família no acompanhamento do tratamento prescrito.

Fonte: Freepik (2025)

A equipe de APS também é responsável pela prevenção e controle da Mpox no território, mantendo a informação adequada para os outros níveis do sistema de saúde. Ela também pode disponibilizar orientações e diretrizes com as informações e linguagens mais adequadas para a população que atende.

Como já discutimos, um caso é considerado confirmado quando o resultado do exame laboratorial dá positivo/detectável.

Todos os profissionais da APS devem estar aptos a identificar os sinais e sintomas que são indicativos da Mpox, assim como devem ter conhecimento do fluxo de referência para a confirmação do diagnóstico. Você verá a seguir o fluxo para caso suspeito e caso confirmado.

Caso suspeito de Mpox

Qualquer profissional da equipe da APS pode realizar a suspeita, desde que esteja qualificado para isso. Por exemplo, um agente comunitário de saúde em uma visita domiciliar pode identificar uma pessoa que apresente alguns dos sinais e sintomas. O técnico de enfermagem, quando estiver aplicando uma vacina em uma criança, pode identificar que a irmã mais velha dessa criança apresenta alguns sinais que estão presentes em pessoas com Mpox. O auxiliar de consultório dentário, ao encontrar-se com um morador perto da unidade de saúde, pode perceber que ele possui alguns sinais da Mpox.

Uma vez diante dessas suspeitas, os profissionais deverão agendar o mais rápido possível uma consulta com o médico ou o enfermeiro da unidade de saúde para a identificação, ou seja, se o indivíduo pode ser considerado um caso suspeito ou provável.

Nessa situação, a agilidade no agendamento é fundamental para a identificação do caso e a interrupção da transmissão.

O que fazer frente a um caso suspeito ou provável?

Para o atendimento, o indivíduo deverá ser isolado em local apropriado e devem ser garantidas as medidas adequadas para a não ocorrência de transmissibilidade aérea e por contato. Os pacientes que fazem parte do grupo de risco devem ser analisados caso a caso em relação à indicação de internação. Nesse momento, a presença de sinais de gravidade do quadro deve ser avaliada.

Fonte: Freepik (2025)

Os trabalhadores de saúde devem utilizar os EPIs desde o momento de acolhimento.Recomenda-se que seja disponibilizada ao paciente uma máscara cirúrgica no momento de acolhimento, e que ele seja conduzido a um lugar que o mantenha afastado dos demais pacientes, enquanto aguarda a consulta médica.

A anamnese e o exame físico são fundamentais e, uma vez apresentados os critérios para um caso suspeito, o paciente deve ser mantido isolado.

Deverá ser realizada a notificação imediata à vigilância epidemiológica do município. A equipe assistencial deverá solicitar os exames laboratoriais indicando ao paciente o local onde deverão ser efetuados. Nas situações em que o exame laboratorial não está disponível, o profissional médico deverá fazer o diagnóstico clínico diferencial. É a partir desse momento que são dadas as orientações sobre o isolamento domiciliar e o monitoramento do caso suspeito ou provável, para evitar a propagação da Mpox, buscando interromper a transmissão do vírus para outras pessoas.

Você vai ver a seguir um esquema de atendimento de um caso suspeito de Mpox que poderia acontecer na Unidade Básica de Saúde (UBS) na qual você trabalha. Assista ao vídeo e veja o que acontece na história.

Para Assistir
Saiba Mais
  • Para visualizar a Nota Informativa nº 6/2022-CGGAP/DESF/SAPS/MS — Ministério da Saúde (www.gov.br).
  • Para visualizar o fluxo completo, faça o download.

Caso confirmado de Mpox

Os pacientes que estão sob investigação deverão ser reavaliados após a liberação dos resultados laboratoriais confirmatórios e diferenciais. Uma vez confirmado o caso, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até o desaparecimento das crostas e a pele estiver cicatrizada.

Os contatos devem ser monitorados a cada 24 horas, observando-se o aparecimento de sinais e sintomas de Mpox, por um período de 21 dias, desde o último contato com o paciente, com aferição de temperatura duas vezes ao dia, realizada pelo paciente ou familiar e comunicado à equipe de saúde da APS. Não há necessidade de isolamento dos contatos assintomáticos.

Se o resultado do exame for não detectável para Mpox, o caso é considerado descartado — exceto em caso de persistência de quadro clínico sugestivo de Mpox, sem diagnóstico diferencial. Nesse caso, a equipe assistencial poderá solicitar nova coleta de exames laboratoriais confirmatórios com a maior brevidade possível, caso ainda estejam presentes lesões cutâneas.

É importante ressaltar que, se a suspeita não for confirmada, mesmo assim o paciente deverá ter a garantia de atendimento para o diagnóstico e tratamento da sua situação.

Você vai ver a seguir como proceder após a reavaliação clínica do paciente e avaliação dos resultados dos exames laboratoriais. Assista ao vídeo e veja o que acontece na história.

Para Assistir
Saiba Mais
  • Para visualizar a Nota Informativa nº 6/2022-CGGAP/DESF/SAPS/MS — Ministério da Saúde (www.gov.br).
  • Para visualizar o fluxo completo, faça o download.