Módulo 2 | Aula 1
A PrEP deve ser utilizada em contextos de vulnerabilidade para o HIV e a avaliação do uso da PrEP deve ser iniciada durante a abordagem de gerenciamento de risco com o indivíduo, observando suas práticas e parcerias sexuais, sua dinâmica social e os contextos específicos associados a um maior risco de infecção.
Cabe ao profissional de saúde avaliar a motivação da pessoa em aderir ou não à PrEP. Para pessoas que demonstrem interesse em iniciar a profilaxia e estejam em contextos de risco de infecção pelo HIV, a PrEP é significativamente mais protetora quanto menor for o tempo de espera do(a) usuário(a).
Além disso, o profissional de saúde também deve evitar qualquer julgamento ou prática que possa afastar usuários que procurem a PrEP. São comuns relatos sobre vivências de discriminação relacionadas à identidade de gênero e orientação sexual, que por vezes são agravadas por situações de exclusão social, econômica e por racismo.
Logo, você como profissional de saúde, na atenção a essa pessoa que busca a PrEP, pode fazer a diferença assumindo um papel social muito importante na disseminação de práticas para o enfrentamento de estigmas e promovendo uma atenção inclusiva, humanizada e não discriminatória.
Qualquer pessoa que busque PrEP pode ter uma autopercepção de que está vulnerável para se infectar pelo HIV, o que é suficiente para ser candidata à PrEP, e seguir com os exames necessários para se confirmar a elegibilidade clínica.
Para pessoas que não se percebem em risco, a PrEP deve ser apresentada como mais uma opção de prevenção ao HIV disponível.