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Campus Virtual Fiocruz

Informação para o SUS: políticas e sistemas

Módulo 3 | Aula 1
Interoperabilidade de padrões em Informática em Saúde

Tópico 5

Desafios e Perspectivas Futuras

A interoperabilidade em saúde enfrenta uma série de desafios que podem ser agrupados em técnicos, organizacionais e culturais. Superar essas barreiras é essencial para que a integração de dados seja eficaz e atenda às necessidades de pacientes, profissionais e gestores. Aproveite os cards abaixo para explorar cada um desses desafios.

Desafios Técnicos

A falta de padrões e protocolos é uma das principais barreiras técnicas à interoperabilidade. Com a diversidade de sistemas de informação utilizados por diferentes instituições de saúde, a troca de informações se torna complexa e, muitas vezes, ineficaz. Isso ocorre porque muitos sistemas adotam suas próprias especificações, sem considerar padrões como o HL7 ou o FHIR, que apresentamos anteriormente e que facilitariam a integração dos dados. Além disso, a infraestrutura tecnológica deficiente em algumas regiões do Brasil, como a falta de internet de alta velocidade e equipamentos adequados, limita ainda mais a implementação de soluções interoperáveis.

Desafios Organizacionais

A adoção de novas tecnologias e sistemas enfrenta resistência dentro das organizações de saúde. Essa resistência pode ser resultado do medo de mudanças nas rotinas de trabalho ou da falta de conhecimento sobre os benefícios da interoperabilidade. Muitas vezes, os profissionais não recebem o treinamento adequado para operar novos sistemas, o que prejudica a implementação e utilização das ferramentas digitais. A falta de suporte técnico contínuo também contribui para o uso ineficaz dessas soluções.

Desafios Culturais

Além dos desafios técnicos e organizacionais, há obstáculos culturais que dificultam o avanço da interoperabilidade. A cultura de silos de informação, em que dados são mantidos isolados dentro das instituições, é uma barreira significativa. Para que a interoperabilidade seja eficaz, é necessário promover uma mudança cultural, incentivando o compartilhamento de dados e a colaboração entre diferentes entidades de saúde. Outra questão cultural importante é a desconfiança em relação à tecnologia, especialmente no que diz respeito à segurança e privacidade dos dados dos pacientes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que o manuseio dessas informações seja realizado de maneira segura, e essa preocupação pode, muitas vezes, inibir a adoção de soluções interoperáveis.