Módulo 2

Gestão de Riscos de Emergências em Saúde Pública no contexto da COVID-19

Aula 2

Resumo

No Brasil, esta pandemia tem implicado muitos desafios para o SUS, tendo em vista a necessidade de oferecer atendimento adequado à população, recomendar e adotar medidas de prevenção e controle, com a finalidade de reduzir mortes, hospitalizações e limitar a disseminação da doença.

Considerando que se tratava de uma doença nova, muitos aspectos necessários para o desenvolvimento de medidas terapêuticas, diagnósticas e preventivas eram, em parte ou totalmente, desconhecidos. Apesar de que algumas lacunas no conhecimento desta doença ainda persistem (algumas incertezas foram surgindo durante a própria evolução da pandemia), muito se avançou no desenvolvimento e na adoção daquelas medidas.

Importante levarmos em conta que esses avanços somente foram alcançados porque o país já contava com um sistema de saúde estruturado para o enfrentamento dos principais problemas de saúde, especialmente no manejo de emergências em saúde pública anteriores, como a pandemia de influenza A (H1N1)pdm09 e da Zika/Síndrome Congênita de Zika, das recorrentes epidemias de febre amarela, sarampo, dengue e outras doenças, além do desenvolvimento das capacidades para Gestão de Riscos de desastres.

Pensando em uma série de deficiências crônicas do próprio SUS agravadas pelo subfinanciamento e pelas deficiências na gestão desta pandemia, em especial aquelas relacionadas a necessidade de uma forte e coerente coordenação nacional das ações, é possível identificar avanços e resultados positivos na resposta do SUS, em especial a recente redução da mortalidade e ocorrência de formas graves, entre outros motivos, pela vacinação iniciada em 2021.

Esses avanços vêm sendo construídos ao longo da organização do SUS e podem ser intensificados caso tenhamos a capacidade de apreendermos as lições desta pandemia.