Módulo 5 | Aula 4 Estratégias de melhoria para acesso aos serviços pelos(as) usuários(as)

Tópico 2

Dimensão Individual

A dimensão individual diz respeito às situações e condições relacionadas às pessoas e seu entorno. Nessa reflexão os modos de vida e as informações disponíveis e utilizadas têm papel importante. Por exemplo, o nível de informações que o(a) usuário(a) possui sobre si e os cuidados em saúde, ou sobre os processos de participação e controle social, onde pode atuar para modificar os panoramas de estigma e discriminação que enfrentou.

Médica prestando assistencia a um paciente.
Fonte: Fiocruz

No mesmo plano, o nível de informações e conhecimentos que os(as) trabalhadores(as) de saúde tenham ou não sobre a população que frequenta o serviço, assim como sobre os territórios onde estão situados os serviços, pode ser um obstáculo ou uma fortaleza na discussão sobre o acesso. Soma-se também como trabalhadores de saúde atuam frente a velhos e novos conhecimentos no cuidado em saúde.

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Ao passar por uma situação de discriminação durante o atendimento no serviço de saúde, qual seria a sua reação?

Como você acha que os(as) trabalhadores(as) da saúde deveriam receber o relato da situação e atuar?

A equipe de saúde consegue identificar, discutir e propor ações para situações vividas ou relatadas pelos(as) usuários(as) de saúde de estigma e de discriminação?

Quais situações têm sido relatadas na sua unidade?

Como tem sido a abordagem para solucionar estas situações, e impedir que se repitam?

Algumas situações concretas e obstáculos enfrentados na dimensão individual
  • Ausência do registro de dados que permite acesso ao melhor conhecimento e a tomada de decisões com o apoio da epidemiologia e do planejamento em saúde;
  • Divulgação de informações erradas e de “fake news”, contribuindo com a desinformação e a ignorância, favorecendo o estigma e a discriminação;
  • Desrespeito ao uso do nome social, direito garantido para usuários(as) do SUS em todos os momentos do atendimento e em todos os sistemas de informação;
  • Não permitir que o(a) usuário(a) se autoidentifique com relação à raça/cor e etnia, a identidade de gênero e a orientação sexual, presumindo e tomando para si a decisão de escolha desses quesitos.
Estratégias para enfrentar estigma e discriminação nos serviços de saúde na dimensão individual

Ampliar a disponibilidade de informação atualizada e baseada em evidências científicas pode ser um caminho para evitar o afastamento das pessoas dos serviços e melhorar a relação com as comunidades em seu entorno. Exemplo de atividades: oferta de encontros com grupos de usuários e de recursos audiovisuais na sala de espera.

A formação continuada de profissionais de saúde, assim como canais de escuta que permitam ser atendidas as dúvidas, as angústias e os receios, igualmente potencializam e favorecem o acesso aos serviços de saúde sem que aconteçam situações de estigma e de discriminação.

Para refletir...

Você pode dispor, na sala de espera, o acesso a algum dos canais de Youtubers que vivem com HIV/Aids, e que desempenham papel de influenciadores, dialogando sobre seu cotidiano. Aqui vão quatro canais, gratuitos, de fácil localização na plataforma YouTube como sugestão: “Super indetectável”; “Projeto Boa Sorte”; “Prosa Positiva” e “Confissões de um soropositivo”.