Módulo 5 | Aula 4 Estratégias de melhoria para acesso aos serviços pelos(as) usuários(as)
Dimensão Individual
A dimensão individual diz respeito às situações e condições relacionadas às pessoas e seu entorno. Nessa reflexão os modos de vida e as informações disponíveis e utilizadas têm papel importante. Por exemplo, o nível de informações que o(a) usuário(a) possui sobre si e os cuidados em saúde, ou sobre os processos de participação e controle social, onde pode atuar para modificar os panoramas de estigma e discriminação que enfrentou.
![Fonte: Fiocruz Médica prestando assistencia a um paciente.](../../images/modulo5/aula4/topico2/img1.jpg)
No mesmo plano, o nível de informações e conhecimentos que os(as) trabalhadores(as) de saúde tenham ou não sobre a população que frequenta o serviço, assim como sobre os territórios onde estão situados os serviços, pode ser um obstáculo ou uma fortaleza na discussão sobre o acesso. Soma-se também como trabalhadores de saúde atuam frente a velhos e novos conhecimentos no cuidado em saúde.
pan_tool_alt Clique nas imagens para visualizar as informações.
![lustração: Nestablo Ramos Ilustração de uma mulher.](../../images/modulo5/aula4/topico2/img2.jpg)
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Ao passar por uma situação de discriminação durante o atendimento no serviço de saúde, qual seria a sua reação?
Como você acha que os(as) trabalhadores(as) da saúde deveriam receber o relato da situação e atuar?
![lustração: Nestablo Ramos Ilustração de uma profissional de saúde.](../../images/modulo5/aula4/topico2/img3.jpg)
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A equipe de saúde consegue identificar, discutir e propor ações para situações vividas ou relatadas pelos(as) usuários(as) de saúde de estigma e de discriminação?
Quais situações têm sido relatadas na sua unidade?
Como tem sido a abordagem para solucionar estas situações, e impedir que se repitam?
Algumas situações concretas e obstáculos enfrentados na dimensão individual
- Ausência do registro de dados que permite acesso ao melhor conhecimento e a tomada de decisões com o apoio da epidemiologia e do planejamento em saúde;
- Divulgação de informações erradas e de “fake news”, contribuindo com a desinformação e a ignorância, favorecendo o estigma e a discriminação;
- Desrespeito ao uso do nome social, direito garantido para usuários(as) do SUS em todos os momentos do atendimento e em todos os sistemas de informação;
- Não permitir que o(a) usuário(a) se autoidentifique com relação à raça/cor e etnia, a identidade de gênero e a orientação sexual, presumindo e tomando para si a decisão de escolha desses quesitos.
Estratégias para enfrentar estigma e discriminação nos serviços de saúde na dimensão individual
Ampliar a disponibilidade de informação atualizada e baseada em evidências científicas pode ser um caminho para evitar o afastamento das pessoas dos serviços e melhorar a relação com as comunidades em seu entorno. Exemplo de atividades: oferta de encontros com grupos de usuários e de recursos audiovisuais na sala de espera.
A formação continuada de profissionais de saúde, assim como canais de escuta que permitam ser atendidas as dúvidas, as angústias e os receios, igualmente potencializam e favorecem o acesso aos serviços de saúde sem que aconteçam situações de estigma e de discriminação.
Você pode dispor, na sala de espera, o acesso a algum dos canais de Youtubers que vivem com HIV/Aids, e que desempenham papel de influenciadores, dialogando sobre seu cotidiano. Aqui vão quatro canais, gratuitos, de fácil localização na plataforma YouTube como sugestão: “Super indetectável”; “Projeto Boa Sorte”; “Prosa Positiva” e “Confissões de um soropositivo”.