Curso 1

Vacinação Covid‑19:
Protocolos e Procedimentos Técnicos

Módulo 1

Tópico 1

Indicadores de imunizações: o que representam e como medir

Os indicadores de desempenho da vacinação (ou indicadores de imunizações), podem ser considerados indicadores de coberturas de serviço, pois indicam o alcance das ações de vacinação em uma população alvo definida, local e tempo determinados. Ou seja, refletem a capacidade de monitorar e manter a adesão da população ao Programa de Imunizações.

A cobertura vacinal representa o percentual da população-alvo que foi vacinada para cada vacina. É estimada utilizando no numerador o total de doses aplicadas que completam o esquema vacinal de determinada vacina e no denominador a população-alvo da vacinação em local e tempo determinados.

Além da cobertura vacinal de cada vacina, o desempenho da vacinação também leva em conta outros indicadores, como a homogeneidade de cobertura vacinal (HCV) e a taxa de abandono da vacinação (TA). A TA reflete a adesão da população que foi absorvida pela rotina de vacinação e se manteve no programa concluindo o esquema vacinal. Da mesma forma a TA deve ser analisada para cada vacina, em um local e tempo determinados. No entanto, a TA se aplica apenas para vacinas que tenham esquema vacinal de mais de uma dose.

Existem metas e parâmetros definidos para avaliar o desempenho desses indicadores. Por exemplo, as coberturas vacinais são consideradas adequadas quando atingem a meta estabelecida para cada vacina. Em geral, para as vacinas do calendário nacional, a meta de cobertura vacinal é 95% da população-alvo. Porém, algumas vacinas como a BCG, a rotavírus, a influenza e a mais recente, a vacina contra Covid-19, a meta de CV é 90% para cada grupo-alvo. Para as vacinas papiloma vírus humano (HPV) e a Meningite ACWY em adolescentes, a meta foi estabelecida em 80% da população-alvo.

A homogeneidade de cobertura vacinal pode ser avaliada em relação à abrangência geográfica, por exemplo, um conjunto de municípios. Estima o percentual de municípios que atingiu a meta estabelecida de cobertura vacinal para uma determinada vacina em relação ao total de municípios avaliados. Também pode ser avaliada a homogeneidade de coberturas entre vacinas, que estima o percentual de vacinas que atingiram a meta de cobertura vacinal, em relação ao total de vacinas avaliadas.

Calculando indicadores de Imunizações

O cálculo dos indicadores de imunizações requer a utilização de fontes de informações confiáveis, para produzir resultados confiáveis.

A cobertura vacinal referente a cada vacina, tradicionalmente é aferida considerando a relação entre o número de doses aplicadas (numerador) e a população-alvo em um dado território (denominador). Esse é o chamado método administrativo ou indireto. Portanto, para que seja confiável espera-se que tanto os dados que compõem o numerador como os que compõem o denominador sejam de qualidade, refletindo a realidade do local em avaliação.

As fontes utilizadas para o cálculo de cobertura vacinal no Brasil em relação ao denominador são obtidas dos sistemas de informação de bases demográficas: Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde, para a população menor de um ano e de um ano de idade; e dados do Censo demográfico ou estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para população a partir de dois anos de idade. Para compor o numerador, os dados de doses de vacinas aplicadas (que completam o esquema vacinal) são extraídos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Outras formas de avaliar coberturas vacinais

O cálculo dos indicadores de imunizações requer a utilização de fontes de informações confiáveis, para produzir resultados confiáveis.

A cobertura vacinal referente a cada vacina, tradicionalmente é aferida considerando a relação entre o número de doses aplicadas (numerador) e a população-alvo em um dado território (denominador). Esse é o chamado método administrativo ou indireto. Portanto, para que seja confiável espera-se que tanto os dados que compõem o numerador como os que compõem o denominador sejam de qualidade, refletindo a realidade do local em avaliação.

As fontes utilizadas para o cálculo de cobertura vacinal no Brasil em relação ao denominador são obtidas dos sistemas de informação de bases demográficas: Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde, para a população menor de um ano e de um ano de idade; e dados do Censo demográfico ou estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para população a partir de dois anos de idade. Para compor o numerador, os dados de doses de vacinas aplicadas (que completam o esquema vacinal) são extraídos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Imagem de um círculo com sinal de mais
Fórmulas de cálculo

A cobertura vacinal é considerada adequada quando é igual ou maior que a meta estabelecida para cada vacina.

Veja as fórmulas de cálculo utilizadas pelo PNI para os principais indicadores relacionados à cobertura vacinal adotados no país.

Relevância dos indicadores

Os indicadores de imunizações são relevantes do ponto de vista epidemiológico, pois permitem avaliar o impacto da vacinação no perfil de morbimortalidade por doenças preveníeis por vacinas em determinada população. Por meio da avaliação e monitoramento destes indicadores de imunização, espera-se uma tomada de decisão oportuna e assertiva, quando da identificação de população não vacinada.

Eles também servem como metas para avaliar o cumprimento dos pactos estabelecidos entre as esferas de gestão. Por exemplo, estão presentes no elenco de indicadores constantes no Plano Plurianual (PPA) e no Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS) do Ministério da Saúde pactuados entre as esferas gestoras.