Módulo 1

Introdução

Aula 1

Resumo

Temos vivenciado frequentemente diversos eventos complexos e que trazem maiores danos às sociedades, e que estão afetando a saúde da população mundial.

Nesse cenário destacam-se alguns fatores como: as desigualdades sociais, as iniquidades no direito à saúde, o aumento na frequência e velocidade no fluxo internacional de pessoas, bens, mercadorias, a degradação ambiental, as mudanças climáticas e suas consequências na relação do homem com o ambiente e na produção de doenças e desastres.

Para Refletir

Em todas as emergências em saúde pública, incluindo os desastres e outros eventos de natureza não biológica, os riscos e os danos à saúde não são distribuídos igualmente para toda a população, na medida em que os mais vulneráveis continuam sendo os mais afetados.

Os eventos que implicam risco de disseminação internacional, a partir da aprovação do RSI em 2005, passaram a ser classificados com potenciais emergências em saúde pública de importância internacional. Embora o conceito de emergência em saúde pública não tenha surgido a partir do RSI 2005, foi com este instrumento normativo global que os países passaram a utilizar processos e instrumentos homogêneos para análise de seus eventos, facilitando a comunicação entre eles e a OMS e a detecção precoce desses eventos.

Tanto a aplicação do RSI 2005 pelos países, quanto a adoção dos princípios e estratégias de outros marcos globais para preparação e resposta às emergências em saúde pública, não foram plenamente incorporadas pelos países. A pandemia de COVID-19, mais uma vez, desnuda as insuficiências na reparação dos países e dos mecanismos de coordenação internacional multilateral, que deveriam ser fortalecidos. Por outro lado, esta e outras emergências apontam caminhos para uma melhor preparação global aos riscos e ao próprio direito à saúde.