Unidade 1
Do Império à Primeira República: o surgimento da saúde pública
A gripe espanhola
No mesmo ano em que a Liga foi criada, 1918, um episódio de graves proporções acabou por contribuir para a realização do principal objetivo do movimento: a centralização e a coordenação das ações de saúde em âmbito federal.
Estamos falando da temida gripe espanhola, cuja chegada ao Brasil deixou as autoridades sanitárias em alerta máximo.
Saiba Mais
A gripe espanhola arrasou diversos países e causou uma enorme quantidade de mortes e de sofrimento por onde passou.
No Brasil, cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo foram completamente paralisadas, enquanto a população sumia das ruas perplexa e amedrontada diante do número de óbitos.
O presidente da República, Wenceslau Brás, indicou Carlos Chagas, que assumira a direção do IOC após a morte de Oswaldo Cruz em 1917, para enfrentar a epidemia no Rio de Janeiro e comandar a assistência médica à população.
No interior do país, a situação era igualmente dramática, uma vez que a ausência de serviços de saúde adequados tornava a doença ainda mais agressiva e fatal.
A principal consequência disso foi a tomada de consciência de que os serviços de saúde existentes não correspondiam aos anseios nacionais, tornando-se urgente, tal como apregoavam os sanitaristas, a reforma de todo o sistema.
O que aprendemos com a gripe espanhola?
Para saber mais sobre a gripe espanhola e o que ela tem a nos ensinar quando atualmente enfrentamos a pandemia do novo coronavírus, ouça o podcast com a historiadora Mary del Priore e a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz Dilene Raimundo do Nascimento.
Fonte: Ao ponto, Jornal O Globo.
Sinopse:
Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, o mundo enfrentava um inimigo comum ainda mais letal: a gripe espanhola. As cenas do século passado guardam algumas semelhanças com a reação que assistimos em relação à pandemia atual: parcelas da população descrentes sobre a gravidade da doença, recusa à vacinação, desinformação generalizada, inclusive por parte de setores do governo etc.
O que nós aprendemos com a gripe espanhola e que pode servir de lição para o combate à COVID-19? Qual foi o impacto da pandemia espanhola no Brasil e no mundo? O Brasil tem, hoje, melhores condições de lidar com esse tipo de doença do que no passado?
Outra pandemia: O que aprendemos (e o que não) com a Gripe Espanhola de 1918
Saiba mais sobre esse tema assistindo a uma reportagem da TV Folha.
Fonte: TV Folha
Sinopse:
A gripe espanhola matou cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo entre 1918 e 1920. Sem vacinas ou medicamentos para combatê-la, as autoridades de saúde da época também se viram na contingência de adotar medidas sanitárias rigorosas para conter a doença, um cenário que em vários aspectos nos remete à pandemia de COVID-19 que enfrentamos atualmente.
Nessa reportagem, a TV Folha ouviu as historiadoras Lilia Schwarcz e Christiane de Souza sobre o tema, compilou dados sobre as epidemias e investigou as semelhanças e diferenças entre elas.