Unidade 1

Do Império à Primeira República: o surgimento da saúde pública​

Aula 4

A gripe espanhola

No mesmo ano em que a Liga foi criada, 1918, um episódio de graves proporções acabou por contribuir para a realização do principal objetivo do movimento: a centralização e a coordenação das ações de saúde em âmbito federal.

Estamos falando da temida gripe espanhola, cuja chegada ao Brasil deixou as autoridades sanitárias em alerta máximo.

Saiba Mais

A gripe espanhola arrasou diversos países e causou uma enorme quantidade de mortes e de sofrimento por onde passou.

No Brasil, cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo foram completamente paralisadas, enquanto a população sumia das ruas perplexa e amedrontada diante do número de óbitos.

Charge alusiva à chegada da gripe espanhola no Brasil.
Charge alusiva à chegada da gripe espanhola no Brasil.
Fonte: Gazeta de Notícias, 29 set. 1918, p.1. Acervo Fundação Biblioteca Nacional

O presidente da República, Wenceslau Brás, indicou Carlos Chagas, que assumira a direção do IOC após a morte de Oswaldo Cruz em 1917, para enfrentar a epidemia no Rio de Janeiro e comandar a assistência médica à população.

No interior do país, a situação era igualmente dramática, uma vez que a ausência de serviços de saúde adequados tornava a doença ainda mais agressiva e fatal.

A principal consequência disso foi a tomada de consciência de que os serviços de saúde existentes não correspondiam aos anseios nacionais, tornando-se urgente, tal como apregoavam os sanitaristas, a reforma de todo o sistema.

A epidemia reinante
A epidemia reinante.
Fonte: Gazeta de Notícias, 29 set. 1918, p.1. Acervo Fundação Biblioteca Nacional
O que aprendemos com a gripe espanhola?

Para saber mais sobre a gripe espanhola e o que ela tem a nos ensinar quando atualmente enfrentamos a pandemia do novo coronavírus, ouça o podcast com a historiadora Mary del Priore e a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz Dilene Raimundo do Nascimento.

Fonte: Ao ponto, Jornal O Globo.

Sinopse:

Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, o mundo enfrentava um inimigo comum ainda mais letal: a gripe espanhola. As cenas do século passado guardam algumas semelhanças com a reação que assistimos em relação à pandemia atual: parcelas da população descrentes sobre a gravidade da doença, recusa à vacinação, desinformação generalizada, inclusive por parte de setores do governo etc.

O que nós aprendemos com a gripe espanhola e que pode servir de lição para o combate à COVID-19? Qual foi o impacto da pandemia espanhola no Brasil e no mundo? O Brasil tem, hoje, melhores condições de lidar com esse tipo de doença do que no passado?

Outra pandemia: O que aprendemos (e o que não) com a Gripe Espanhola de 1918

Saiba mais sobre esse tema assistindo a uma reportagem da TV Folha.

Fonte: TV Folha

Sinopse:

A gripe espanhola matou cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo entre 1918 e 1920. Sem vacinas ou medicamentos para combatê-la, as autoridades de saúde da época também se viram na contingência de adotar medidas sanitárias rigorosas para conter a doença, um cenário que em vários aspectos nos remete à pandemia de COVID-19 que enfrentamos atualmente.

Nessa reportagem, a TV Folha ouviu as historiadoras Lilia Schwarcz e Christiane de Souza sobre o tema, compilou dados sobre as epidemias e investigou as semelhanças e diferenças entre elas.