Módulo 3 | Aula 5 Métodos alternativos e substituição do uso de animais de experimentação

Em consonância com o princípio dos 3Rs, os métodos alternativos têm por finalidade a substituição e redução da utilização de animais em testes de laboratório ou em atividades de ensino. Estes podem englobar desde estudos matemáticos e modelos preditivos computacionais (ensaios in silico) até modelos biológicos com cultivo de células e outros (ensaios in vitro).
O Guia de Pesquisa do Laboratório de Referência da União Europeia para as alternativas à experimentação em animais apresenta procedimentos de pesquisa e orientações para os usuários que visam facilitar a localização das informações pretendidas sobre as alternativas ligadas aos 3Rs, bem como um inventário de recursos relevantes para responder a perguntas como: o que posso encontrar e onde? "Este guia destina-se a usuários de bases de dados sem formação e será muito útil, por exemplo, sempre que for necessário efetuar pesquisas exaustivas de alternativas no âmbito de processos de autorização de experiências com animais e quando os requisitos regulamentares obrigarem à aplicação dos 3Rs." Clique aqui para ter acesso à tradução para português.
A Abordagem Integrada de Testes para Avaliação, ou IATA, do inglês Integrated Approaches to Testing and Assessment, é uma recomendação da OECD para evitar redundância e uso animal desnecessário. Desta forma, podemos dizer que a IATA é uma combinação sistematizada de resultados oriundos de diferentes metodologias que podem fornecer informações suficientes.
É importante destacar também a RENAMA (Rede Nacional de Métodos Alternativos) que incentiva os princípio dos 3Rs e o CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) que disponibiliza uma lista de métodos alternativos ao uso de modelos animais.
Em 2023, o Food and Drug Administration (FDA, EUA) deixou de exigir a experimentação animal (fase não clínica) prévia ou concomitantemente aos estudos envolvendo seres humanos (fase clínica) para avaliar a segurança e a eficácia de novos medicamentos (ver parte específica SEC. 3209. Animal testing alternatives). Apesar de a Lei ser bem recebida por organizações a favor do bem-estar animal, acredita-se que a mudança levará tempo para ser implementada. O argumento é que resultados mais seguros devem ser obtidos por ensaios in silico e com "chips de orgãos" (organ-on-a-chip). Clique aqui e saiba mais.