Módulo 3 Saberes Indígenas para Promoção da Saúde Mental

Tópico 1: Saberes Populares

Cursista, quando você ouve o termo “Saber Popular” o que vem na sua cabeça?

O termo e a sua resposta a essa pergunta foram abordados em algum momento da sua trajetória acadêmica e/ou profissional?

Para entendermos o que significa o termo saberes tradicionais, é essencial recordar que os povos indígenas de nosso território possuem conhecimentos e processos culturais, sociais e históricos diferentes. Contudo, isso não implica que esses povos sejam excluídos no que tange à educação e à ciência. De fato, os saberes populares dessas comunidades foram, e ainda são, negligenciados devido aos preconceitos e ao apagamento que enfrentam. Essa lógica se reflete também nos espaços de educação e saúde.

Casé Angatu, historiador Tupinambá destaca que:

format_quote
Foto de Casé Angatu, historiador Tupinambá
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo

“Nós indígenas temos a educação anterior à própria educação escolar indígena. Esse conhecimento que nós temos em nossas aldeias e nossas comunidades é uma educação ancestral que vem de nossas origens. Nós respeitamos nossos anciões como portadores desses saberes, da sabedoria da cura, da manutenção da natureza e pensar no mundo onde caibam vários mundos.”

Os Saberes Populares Indígenas são contextualizados com seu território, com sua relação com a natureza, sendo essa uma diferença fundamental entre as suas formas de conceber os conhecimentos e a maneira ocidental de fazer o mesmo. Mato (2009) considera o conhecimento ocidental (europeu) mais específico, mais fragmentado, menos contextualizado, marcado pela pretensa objetividade; já o conhecimento tradicional indígena é mais contextualizado, tramado nas relações com a sua territorialidade, na vivência para aprender. Sobre isso, vamos ouvir o que Chapéu Tupinambá tem a nos dizer:

Para assistir...

Fonte: Youtube