Ao final desta aula, você será capaz de:

  • Aplicar o conceito de epistemologia, conhecimento, ciência e métodos de pesquisa científica no desenvolvimento de um projeto científico;
  • Diferenciar os tipos de conhecimento;
  • Entender o processo de construção do conhecimento científico;
  • Reunir informações para iniciar o seu projeto de pesquisa.
Diagrama que representa todas as etapas da elaboração de um projeto
  Fonte: Adaptado de Marconi e Lakatos, 2003, p. 85

Entendendo a ciência

A imagem, adaptada do livro Metodologia Científica, de Eva Lakatos e Marina Marconi, resume a elaboração e o desenvolvimento de um projeto de pesquisa. O início é sempre na identificação de um objeto que represente um problema ou situação. Caso não exista uma solução ou interpretação e/ou análise que explique o objeto, passamos à segunda etapa, que é definir e refinar no que consiste aquele objeto por meio de muita leitura e estudo sobre o assunto.
Uma vez bem definido qual o problema ou situação, passamos à etapa de resolver o problema ou analisar a situação por meio de um caminho (método) que nos leve à solução. Não devemos entender aqui a solução como um fim, mas sim como a geração de um novo conhecimento que abrirá portas para a identificação de novos problemas e novas situações.

imagem de livros na prateleira da biblioteca, remetendo a busca pelo conhecimento
Fonte: Banco de Imagens Fiocruz

Epistemologia

Etimologia da palavra Junção das palavras gregas episteme (conhecimento) e logos (estudo).

Conhecida como Filosofia da Ciência ou Teoria do Conhecimento, a Epistemologia é o ramo da filosofia interessado no estudo da natureza do saber, suas fontes e validade, racionalizando o conhecimento sob diversos pontos de vista: político, social, econômico, ambiental.

Nesse sentido, a epistemologia nos permite diferenciar a ciência legítima da pseudociência, pois revela a investigação que foi feita de forma controlada, consciente e sistemática em detrimento daquela feita de forma superficial e tendenciosa.

Tipos de Conhecimento

Para contextualizar as formas de conhecimento, vamos compreender o processo histórico de construção das ciências e da necessidade de descobrir e conhecer os fenômenos da natureza.

Os escritores Cristhian Laville e Jean Dionne no livro “A Construção do Saber” (1999) nos ajudam a compreender que a necessidade de sobrevivência do ser humano, desde a Pré-história, foi um estimulador de algumas formas de conhecimento.

  Durante muito tempo, as explicações míticas ou sobrenaturais se fizeram presentes, sobretudo por não ser possível as comprovações. A observação era o único meio de tentar explicar algo: eram saberes espontâneos, baseados na intuição dos indivíduos, sem qualquer rigor metodológico.
Por outro lado, as informações adquiridas sem nenhum tipo de evidência eram questionadas, levando a uma nova forma de conhecimento, mais racional, que exigia a comprovação do efeito ou resultado. Surge, então, a racionalização do conhecimento, que passa pelos filósofos que buscam uma compreensão mais racional e lógica dos acontecimentos, se utilizando dos raciocínios dedutivos e intuitivos para a análise da realidade.
No séc. XVII, o conceito de empirismo surge com uma forma ainda mais metódica de aquisição do conhecimento. Neste caso, a experimentação e a observação geram explicações mais embasadas, contribuindo para o surgimento da ciência experimental.
Já no século XIX, o saber científico assume um papel importante na produção do conhecimento. É o período dos avanços tecnológicos, com o casamento da ciência e da tecnologia. Na saúde, indústria, agricultura, comunicação, a ciência mostra sua contribuição.

Conhecimento Empírico ou Popular

Conhecimento Empírico ou Popular

O conhecimento empírico ou popular é aquele que adquirimos em nosso dia a dia, na cultura popular. Muitas vezes são passados de geração em geração, como acontece com o conhecimento dos povos originários. Por ser baseado nos instintos e na intuição, não possui qualquer sistematização para organizar as observações, dificultando, inclusive, a transmissão da informação adiante. Como nem sempre existe registro do conhecimento, ele é altamente influenciado por ações como: colonização, imposições culturais entre outras. Por não nascer de um processo metodológico rígido, as vezes é desvalorizado e não reconhecido como verdade.

Conhecimento Filosófico

Conhecimento Filosófico

Antes de falar em conhecimento filosófico, vamos definir o que é filosofia. Caracterizada pela junção das palavras gregas “philos” (amigo, amor) e “sophia” (sabedoria), filosofia pode ser definida como o amor à sabedoria. Na filosofia não se tem a pretensão do estudo de um objeto em particular, mas sim na reflexão sobre a sabedoria como base para a existência. Por isso é conhecida como a mãe de todas as ciências. Já o conhecimento filosófico é originado a partir do raciocínio, da construção de ideias e da reflexão humana em busca de conhecer as causas dos fenômenos.

Conhecimento Científico

Conhecimento Científico

O conhecimento científico é originado a partir do raciocínio, da construção de ideias e da reflexão humana. De fato, a busca por novos conhecimentos sempre acompanhou a humanidade, mas pode-se dizer que foi a partir do Renascimento que houve uma racionalização de que determinados conhecimentos deveriam emergir da aplicação de métodos de estudo em objetos bem delimitados. A partir daqui, também se delimitou ramos de conhecimento científico: os que criam teorias, os que aplicam as teorias na realidade, os que estudam fenômenos da natureza (em seu mais amplo espectro), os que estudam o comportamento humano etc.

Conhecimento Teológico ou Religioso

Conhecimento Teológico ou Religioso

O conhecimento teológico é decorrente da vivência religiosa de um grupo de pessoas. Não é o tipo de conhecimento que pode ser provado, mas faz parte da conduta social de uma comunidade. A princípio, pode parecer inerte, mas por muitas vezes é utilizado como forma de dominação e guia na condução de sociedades inteiras, moldando seu modo de vida e afetando os outros tipos de conhecimento. É baseado na fé humana e passado de geração em geração. Algumas pessoas consideram o conhecimento teológico incompatível com o conhecimento científico, já para outros, ele seria complementar e passível de coexistência.

Conhecimento x Dado x Informação

  Conhecimento, Dados e Informação possuem definição distinta, mas estão estreitamente relacionados.

CONHECIMENTO DADO INFORMAÇÃO

É a organização e a apropriação da informação para o entendimento da realidade, dando ao indivíduo a capacidade de tomar decisões frente a determinada situação.

Conjunto de símbolos, fatos ou elementos distintos que sozinhos não comunicam nenhuma mensagem inteligível.

É a organização dos dados para que uma mensagem com significado seja transmitida de um emissor a um receptor.

  Fonte: Peter Ilicciev

Conceituando Ciência

Até aqui definimos epistemologia, conhecimento, dados e informações. Agora, vamos entrar no campo da Ciência e entender esse conceito.

Sob o viés metodológico, ciência é o conhecimento gerado a partir de métodos bem definidos, controlados, verificáveis e reprodutíveis. A ciência também é definida como uma forma particular de entender o mundo. Ela não busca verdades absolutas, mas gera pedaços de conhecimentos que se encaixam, aperfeiçoam, substituem ou reforçam os que já existem, possibilitando intervenções em vários campos: social, político, econômico, natural, tecnológico.

Por muitas vezes, a ciência se torna tão específica e fechada em um determinado campo de estudo que esquecemos de observar que todos os fenômenos existentes se relacionam entre si. Da mesma forma, não nos atentamos que, sendo a ciência a forma que nós, humanos, temos de entender o mundo, todas as ciências são, em última instância, sociais. Evidentemente, para estudar o campo da saúde, as chamadas ciências sociais, exatas ou da natureza não deveriam ser vistas como conhecimentos distintos, mas sim complementares.

Sugestão de leitura

Não existe uma definição única de ciência, pensando nisso, para ampliar o seu conhecimento sobre o tema, sugerimos a leitura de pensadores como Rubem Alves, Bruno Latour, Edgard Morin, Ludwik Fleck e Thomas Kuhn para análise e próprias conclusões do que é ciência e fazer ciência.

Pesquisa

Se a ciência é o conhecimento, a pesquisa é o caminho. Veja a definição apresentada por Antônio Gil e Cecília Minayo:

Imagem com um símbolo que remete uma citação "(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados."

(Gil, 2002, p.17)

Imagem com um símbolo que remete uma citação "Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula o pensamento e ação. Ou seja, nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática."

(Minayo, 2002, p.17)

A pesquisa é o cerne da ciência. É a forma como a ciência se estrutura para que os novos conhecimentos sejam gerados. Mas não é só isso. Fazer pesquisa está além de produzir coisas novas, mas também na obrigação de divulgar os novos conhecimentos (para os pares e para a sociedade) e de perpetuar o “fazer ciência” formando e ajudando novos cientistas.

No Campus Virtual Fiocruz está disponível gratuitamente o curso livre Introdução à Divulgação Científica para quem tem interesse em saber um pouco mais sobre essa prática.

Baseadas neste curso, as autoras Catarina Chagas e Luisa Massarani lançaram o livro Manual de Sobrevivência para Divulgar Ciência e Saúde pela editora Fiocruz.

Acesse o Portal da Fiocruz e saiba mais sobre a obra.

Capa do livro sobre Divulgação Científica

Fonte: Editora Fiocruz.

A pergunta da pesquisa

Imagem com um símbolo que remete uma citação “(...) o homem é, por natureza, um animal curioso. Desde que nasce interage com a natureza e os objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das referências sociais e culturais do meio em que vive. Apropria-se do conhecimento através das sensações, que os seres e os fenômenos lhe transmitem. A partir dessas sensações elabora representações. Contudo essas representações, não constituem o objeto real. O objeto real existe independentemente de o homem o conhecer ou não. O conhecimento humano é na sua essência um esforço para resolver contradições, entre as representações do objeto e a realidade do mesmo. Assim, o conhecimento, dependendo da forma pela qual se chega a essa representação, pode ser classificado de popular (senso comum), teológico, mítico, filosófico e científico”.

(Fonseca, 2002, p.10)

O início de uma pesquisa pode ser difícil e confuso. Não sabemos muito bem o que investigar, não sabemos formular um problema com clareza, onde será desenvolvida a pesquisa, ou, até mesmo, quais serão as exigências da instituição, mas uma coisa é certa: temos a intenção de pesquisar sobre algo que seja relevante e útil para a sociedade.

Certamente, a pergunta da pesquisa é a primeira etapa na realização de um trabalho científico. Ela também pode ser entendida como objeto de estudo ou objeto da pesquisa. É por meio da pergunta que tentamos expressar o que queremos conhecer, elucidar.


Cuidados ao iniciar uma pesquisa

O início de uma pesquisa é um momento de muita alegria e entusiasmo, mas também é um momento de muito foco no planejamento. Ao iniciar a sua pesquisa, conheça o estado da arte do seu assunto de interesse. Priorize a seleção criteriosa e organização do material a ser estudado.
Sempre ouvimos que temos que ler muito para entender que tipo de pesquisa seria importante ser feita, mas devemos entender que o tema e o objetivo da pesquisa vêm da leitura crítica e da interpretação que damos aos textos.
Outro cuidado que temos que ter é coletar e/ou juntar dados após a definição do objetivo do estudo. Sabemos que fazer pesquisa é difícil, que o tempo passa rápido e que os prazos são curtos para tudo que se gostaria de fazer, mas o certo é criar uma hipótese e depois coletar os dados que a comprovem ou refutem, e não coletar os dados para depois inventar uma hipótese que explique os dados.


Elaborando a pergunta da pesquisa

A elaboração da pergunta da pesquisa é a primeira etapa de um projeto científico. Ela também pode ajudar a delimitar o objeto de estudo ou objeto da pesquisa. A pergunta pode ter origem, entre outras fontes:

  • Na prática do profissional;
  • Na leitura de trabalhos científicos;
  • Durante conversa com outros profissionais;
  • Na análise de comportamentos sociais;
  • Na necessidade de solução de problemas.

  Para quem faz a pesquisa, é de extrema importância formular perguntas de relevância científica.


Características da pergunta da pesquisa

A pergunta servirá de guia ao longo de todo o estudo. Ao fazer a pergunta, esteja atento com a qualidade da compreensão, exequibilidade e pertinência:

Qualidade da Compreensão

Ser precisa

Ser concisa e unívoca

Qualidade da Exequibilidade

Ser realista

Ser possível de acontecer

Qualidade da Pertinência

Ser uma questão verdadeira

Agregar novos conhecimentos à sociedade

 Apesar de serem compreensíveis , exequíveis e pertinentes, as perguntas devem conter a complexidade que uma pesquisa científica exige. Ou seja, uma pergunta não tem como resposta SIM ou NÃO, mas sim uma explicação. Desta forma, é muito comum que as perguntas comecem com: COMO?, O QUÊ? , POR QUÊ? É o momento de definir o objeto de estudo.

Saiba Mais

Você conhece a estratégia PICOTS?
A estratégia PICOTS (acrônimo para P: população; I: intervenção; C:controle; O:outcome; T: tempo; S:study design) nasceu da Prática Baseada em Evidências que prega a necessidade de um forte embasamento científico para tomada de decisão na prática assistencial. Nesse sentido, é proposto que um problema seja separado em seis partes, para que se tenha uma visão geral sobre ele.

P

População

Qual é a população de interesse para o estudo? Quem vai se beneficiar da sua pesquisa? O que está acontecendo com essa população?

I

Intervenção

Que tipo de intervenção está sendo aplicada a essa população?

C

Controle

Refere-se ao comparador ou controle definido, podendo ser o padrão ouro ou a melhor estratégia alternativa disponível.

O

Outcome

São os desfechos esperados. Mudanças nos processos de gestão para uma melhor atuação da instituição são interessantes. Outro desfecho possível é a criação de oportunidades de intervenção social e/ou clínica.

T

Tempo

Definição do tempo necessário para a pesquisa em função do objeto de estudo.

S

Study Design

(Desenho do estudo) Quais os métodos ou técnicas serão necessárias para o a realização do estudo e como eles devem estar organizados para obtenção dos resultados.


  No contexto da geração de conhecimento, o pesquisador também pode usar essa abordagem para definir e delimitar seu estudo.

O Estado da Arte: Estratégias de Busca

Ao fazer ciência, nos deparamos com algumas armadilhas. Se por um lado buscamos provas do porquê um fenômeno acontece, por outro não aceitamos máximas como “os dados falam por si”.

Um dado descontextualizado não representa nada.Por exemplo, 1 (um) milhão de pessoas com uma doença em uma cidade é muita coisa, mas 1 (um) milhão de estrelas no céu é pouco. Assim como, 1 (um) milhão de células cancerígenas é ruim, mas de células na pele é bom. Ou seja, tudo depende do estado da arte sobre determinado assunto.

Em se tratando de ciência, buscar e acessar materiais que nos ajudem a compreender mais sobre nosso tema de estudo não é uma tarefa fácil.

Muitas das vezes, materiais que contenham informações científicas para sustentar e contextualizar o estado da arte estão em locais restritos, com linguagem técnica própria e requerem habilidade e estratégias para buscá-los.

Existe uma frase atribuída a Immanuel Kant que diz “quem não sabe o que busca, não identifica o que acha”. Sendo assim, antes de falarmos sobre onde procurar literatura para entender o estado da arte do objeto de estudo, vamos listar algumas ações:

  • Procure por palavras-chaves que estejam relacionadas ao seu objeto de estudo. Elas serão uma espécie de guia para transitar na literatura científica. Uma forma bastante eficaz de encontrar estas palavras é fazer um mapa mental.
  • Escreva palavras relacionadas a sua ideia central e que também tenham relação com o tema.
  • Adeque (se necessário) a escrita das palavras-chave aos Descritores em Ciência da Saúde da Biblioteca Virtual de Saúde ou DeCS.

Agora, sim! Está tudo pronto para a busca da literatura científica específica do tema da pesquisa.


Onde procurar?

imagem com personagem 
																										masculino segurando uma lupa apontada para alguns documentos Até pouco tempo, quando precisávamos buscar um artigo, era necessário ir a uma biblioteca e consultar um catálogo físico de publicações científicas. Hoje essa busca é feita pela internet, o que torna o processo mais fácil, mas também com maior risco de acesso a informações equivocadas.
Para garantir a qualidade do material que se está acessando, foram criados mecanismos de controle de qualidade e relevância científica da literatura:

Avaliação por pares 

Antes do artigo ser publicado, dois ou três especialistas no assunto do estudo avaliam a forma, conteúdo e resultados antes de o artigo ser publicado.

Avaliação por revista 

As revistas são indexadas - um tipo de cadastro - em bases indexadoras que atestam que a revista tem critérios rigorosos de publicação de artigos e atua com revisores-especialistas de comprovada competência profissional. Nessas bases indexadoras, e em outros bancos de dados que varrem essas bases, é possível achar ferramentas de busca onde os DeCS podem ser usados para localizar os artigos de interesse. O Portal da Biblioteca Virtual da Saúde/BVS oferece várias bases de dados na área da saúde com acesso gratuito.

Saiba Mais

A maior parte da literatura científica está em inglês, mas é possível achar artigos de qualidade em diversas línguas. Para isso, ao identificar o DeCs necessário para começar a busca, a plataforma também oferecerá a tradução do termo para outros idiomas permitindo, assim, a busca de literatura em outras línguas. A alternativa em inglês ao DeCs (Descritores em Ciências da Saúde) é o Medical Subject Headings – MeSH que é o vocabulário universal controlado do National Center for Biothecnology Information, United States National Library of Medicine. Veja abaixo algumas das mais importantes bases de busca :

LILACS

logo portal da LILACS LILACS - Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
LILACS é base bibliográfica específica das ciências da saúde, voltada para a literatura científica publicada em 26 países da América Latina e Caribe. Fundada em 1985, atualmente conta com a indexação de 911 periódicos e quase 1 milhão de registros (artigos, relatórios, tese, etc.).

MEDLINE

logo portal da Medline/Pubmed Literatura Internacional em Ciências da Saúde
MEDLINE é a sigla de Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, ou Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica. Baseada na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, tem cadastrada em sua base mais de 18 milhões de registros na área biomédica. Por ser americana, usa descritores MeSH. A busca no MEDLINE é feita pela ferramenta PubMed.

WEB OF SCIENCE

Web of Science
É uma base de dados mantida pela empresa Clarivates Analytics, e que indexa revistas de diversas áreas da ciência. Seu acesso é fechado, mas pesquisadores e alunos de Pós-Graduação brasileiros têm acesso à base pelo Portal de Periódicos CAPES. logo portal de periódicos da CApes

SCOPUS

logo portal de periódicos da CApes Scopus
É uma base de dados mantida pela empresa Elsevier, que indexa literatura científica nas áreas da tecnologia, medicina, ciências sociais e artes e humanidades. Nesta base é possível encontrar livros e artigos científicos. Scopus tem uma parte de seu sistema aberto ao público, mas, assim como o Web of Science, também pode ser acessado pelo portal de Periódicos CAPES.

SCIELO

logo portal de periódicos da CApes Scielo
É abreviação para Scientific Electronic Library Online, ou Biblioteca Eletrônica Científica Online mantido por uma rede cooperativa de instituições de ensino e pesquisa brasileiras, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. O projeto possui revistas indexadas em diversas áreas.


Como montar uma estratégia de busca?

Até aqui já foi mostrado como achar as palavras que vão guiar o seu trabalho pela literatura científica (os DeCs/MeSH) e onde buscar a literatura científica (bases de dados). Agora vamos executar a estratégia de busca utilizando algumas estratégias:

Operadores booleanos são conectores que direcionam a estratégia de busca. Eles determinam a relação entre dois ou mais descritores.
Clique nos botões abaixo para visualizar a descrição de cada um:

Operadores booleanos

Operadores Booleanos
Operadores Booleanos or
Operadores Booleanos not
Parêntesis 

Assim como nas operações matemáticas, o uso dos parênteses estabelece uma ordem de busca. Ou seja, primeiro a ferramenta fará a busca da relação entre os termos colocados dentro dos parênteses e, em seguida, o resultado será aplicado à relação imposta fora dos parênteses.
Exemplo: (câncer OR pré-eclâmpsia) AND hipertensão.

Truncado 

O cifrão ($) trunca o final de uma palavra. Isso é útil para buscar por radicais de palavras.
Exemplo: Gravid$

Aspas 

Usadas para indicar termos compostos. Isso evita que os termos sejam buscados de forma individual ao longo dos textos.
Exemplo: para saber sobre pressão arterial alta, usar o termo descrito da seguinte forma:
“Pressão arterial alta”

Dica ;)

O que evitar na estratégia de busca?
Uso de adjetivos como melhor, grande, baixa. Uso de pronomes, artigos (definidos e indefinidos), advérbio. Termos que não sejam DeCs ou os similares propostos na BVS, a não ser quando estritamente necessário.