Na aula anterior, estudamos o modelo de Solar e Irwin e suas adaptações por diferentes autores, destacando a importância do contexto socioeconômico, político e ambiental na compreensão dos determinantes sociais da saúde. Nesse modelo, as políticas públicas desempenham um papel central na redução das desigualdades.
Fonte: Freepik
Dando continuidade, nesta aula vamos explorar os compromissos e iniciativas adotados pelo Brasil e por organizações internacionais para combater o idadismo e promover a equidade etária. Discutiremos políticas públicas, programas sociais e ações de conscientização voltadas para a garantia dos direitos das pessoas idosas e a melhoria de sua qualidade de vida.
Os movimentos sociais têm desempenhado um papel fundamental no combate ao idadismo, desafiando representações negativas sobre o envelhecimento e reivindicando direitos e visibilidade para as pessoas idosas
A campanha lançada pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) em 2021
incentiva marcas a abandonarem estereótipos
ultrapassados e a promoverem maior representatividade etária em suas campanhas
publicitárias. Essa iniciativa busca não
apenas valorizar a diversidade, mas também criar uma cultura mais realista e
inclusiva sobre o envelhecimento.
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aqui e conheça.
Fonte: Associação Brasileira de Anunciantes
Vale ressaltar também a organização da Conferência Livre Democrática e Popular “Envelhecimento e Saúde: Em Defesa do SUS e da Democracia”, realizada em 27 de maio de 2023, com a participação de 693 pessoas de 24 unidades federativas do país. O evento reuniu representantes do governo e da sociedade civil em um amplo debate para a construção de diretrizes e propostas destinadas à 17ª Conferência Nacional de Saúde.
Como desdobramento, a 17ª Conferência Nacional de Saúde incluiu, entre as orientações estratégicas do Conselho Nacional de Saúde para o Plano Plurianual e o Plano Nacional de Saúde, a necessidade de combater o idadismo estrutural, a violência contra a pessoa idosa e as desigualdades, além de promover a intergeracionalidade, garantindo o direito de todas as pessoas a um envelhecimento digno.
Vamos conhecer agora alguns marcos legais e compromissos internacionais.
1 - Três políticas que consideram o combate ao idadismo/discriminação:
Proíbe negligência, discriminação ou violência contra pessoas idosas. Garante direitos como proteção contra discriminação no mercado de trabalho (Art. 27).
Clique aqui e acessePromove a proteção contra discriminação, especialmente no trabalho e na participação social.
Clique aqui e acesseProporciona inclusão digital e social da pessoa idosa e contribui para a promoção do envelhecimento ativo e saudável, por meio dos campos: tecnologia, saúde, mobilidade física e educação.
Clique aqui e acesseFonte: Instagram do NESS.CEBES - https://www.instagram.com/ness.cebes/
2 - Idadismo nas políticas internacionais:
Esses marcos refletem o compromisso do Brasil e da comunidade internacional em
combater o idadismo e garantir que as pessoas idosas vivam com respeito, dignidade e autonomia.
Para finalizarmos, é importante ressaltar que o combate ao idadismo é um movimento global que exige
esforços coletivos e
intersetoriais. Iniciativas como as campanhas da OMS com o “Relatório Mundial de Combate ao
Idadismo” e o movimento
“Idadismo Não” em Portugal inspiram mudanças locais e reforçam a importância de uma sociedade
equitativa e inclusiva
para todas as idades.
Não deixe de ler o Relatório Mundial sobre Idadismo, elaborado pela OMS, pelo
Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Direitos Humanos, pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das
Nações Unidas e pelo Fundo de População das
Nações Unidas. O relatório é destinado a formuladores de políticas,
profissionais, pesquisadores, agências de
desenvolvimento e membros do setor privado e da sociedade civil.
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Fonte: Organização Mundial da Saúde
No Brasil, a atuação de movimentos sociais, a implementação de políticas públicas e a conscientização midiática têm sido fundamentais para avançar nessa agenda. No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir que jovens e pessoas idosas sejam valorizadas e respeitadas em sua plenitude.