No módulo 1, exploramos os 4 Is do idadismo, sendo eles: Institucional, Interpessoal, Ideológico e Internalizado. Essas dimensões nos ajudam a compreender como a discriminação por idade se manifesta em diferentes níveis, desde políticas públicas até crenças pessoais. Agora, propomos a inclusão de um quinto "I": a Invisibilidade.
A Invisibilidade refere-se à exclusão simbólica e prática de determinados grupos etários, seja pela negação de suas vozes, necessidades e contribuições, seja pela falta de representação em espaços sociais, políticos e culturais. Essa forma de idadismo é particularmente perversa, pois, ao tornar certas idades 'invisíveis', naturaliza a exclusão e dificulta a identificação e o enfrentamento das desigualdades geracionais.
A invisibilidade pode ser observada em diversos contextos, tanto para jovens quanto para pessoas idosas. Vejamos três exemplos:
A invisibilidade não é apenas uma questão simbólica; ela tem impactos concretos na vida das pessoas. Ao ignorar as necessidades e contribuições de determinadas faixas etárias, perpetuamos desigualdades e perdemos oportunidades valiosas de aprendizado e colaboração intergeracional. Como consequência, ao excluir a população de políticas públicas e debates pode levar ao agravamento de problemas como isolamento social, falta de acesso a serviços de saúde e desvalorização de suas experiências. Já, ao negar a representação e participação em espaços de decisão pode limitar suas oportunidades de desenvolvimento e reforçar a ideia de que suas vozes não importam.
A inclusão da Invisibilidade como mais um "I" do idadismo nos ajuda a entender como a discriminação por idade não se limita a ações explícitas, mas também se manifesta na exclusão simbólica e prática de determinados grupos. Isso nos leva a três reflexões:
Como a invisibilidade afeta a vida dos jovens e pessoas idosas em nossa comunidade? Que ações podemos tomar para tornar as diferentes gerações mais visíveis e valorizadas? Como promover uma cultura que reconheça e celebre a diversidade etária?
Essas perguntas nos convidam a pensar em estratégias concretas para combater o idadismo em todas as suas formas, construindo uma sociedade mais inclusiva e equitativa para todas as idades.