Módulo 1 | Aula 3
Políticas Para Informação
Introdução à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e Marcos Regulatórios da Informação para o Controle Social
A privacidade e a proteção de dados pessoais são cada vez mais importantes, especialmente para profissionais da saúde e pesquisadores que lidam com informações sensíveis. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é o principal regulamento que garante a privacidade e a transparência no uso desses dados. É fundamental que as instituições de saúde adotem medidas de segurança para evitar vazamentos e manter a confiança dos usuários, assegurando a integridade e eficiência dos sistemas de saúde.
No último ano, por exemplo, vimos uma batalha sendo travada entre a empresa Meta, responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp e a Agência Nacional de Dados, por conta dos indícios de violações de direitos na coleta de dados de usuários para treinar as Inteligências Artificiais.
Antecedentes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em agosto de 2018 e em vigor desde setembro de 2020, é uma legislação abrangente que regula o tratamento de dados pessoais no Brasil, tanto no setor público quanto no privado. Inspirada no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, a LGPD busca alinhar a proteção de dados no Brasil aos padrões internacionais.
Antes da LGPD, várias leis e normas já tratavam da privacidade e da proteção de dados pessoais. A linha do tempo a seguir contextualiza a LGPD, mostrando os principais marcos legais que contribuíram para a sua criação:
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1988
- Constituição Federal - Garantia de inviolabilidade da intimidade e sigilo de comunicações.
- Código de Ética Médica - Confidencialidade de dados sensíveis de pacientes.
- Código de Defesa do Consumidor - Direitos de acesso e correção de dados pessoais.
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1997
- Lei do Habeas Data - Direito de acesso e retificação de dados pessoais.
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2002
- Código Civil - Direitos da personalidade, incluindo proteção da imagem e privacidade.
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2011
- Lei de Acesso à Informação - Direito de acesso a informações públicas.
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2012
- Lei Carolina Dieckmann - Tipificação de crimes cibernéticos relacionados a dados.
- Resolução CNS 466/12 - Ética em pesquisas, com foco na proteção de dados pessoais.
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2014
- Marco Civil da Internet - Princípios e direitos para o uso da internet, incluindo proteção de dados.
Essas leis prepararam o terreno para a LGPD, que consolidou e ampliou a proteção de dados pessoais no Brasil. A LGPD tem como principais objetivos proteger os direitos dos indivíduos e promover um ambiente seguro e confiável no tratamento de dados pessoais.
Em resumo, a LGPD protege os direitos dos indivíduos, promove a transparência e segurança, e apoia a inovação e a economia digital, alinhando o Brasil aos padrões internacionais de proteção de dados.
O conhecimento da LGPD é crucial para profissionais da saúde e pesquisadores, especialmente ao lidar com dados sensíveis. Seguir a LGPD não só protege os direitos dos indivíduos, mas também fortalece a confiança no sistema de saúde e na pesquisa. Em um ambiente no qual a tecnologia facilita o compartilhamento de informações, é vital adotar práticas seguras e transparentes para garantir a integridade e a confidencialidade dos dados. Em resumo, a LGPD é fundamental para a proteção de dados e o controle social, promovendo um sistema de saúde mais justo, seguro e ético.
