Introdução

Antes de começarmos, vamos entender um pouco sobre o comportamento dos mosquitos Aedes e as arboviroses transmitidas por eles que constituem graves problemas de saúde pública. Como vocês vêm observando, nessa última década, as consecutivas epidemias de dengue, chikungunya, Zika e a associação entre a infecção e lesões severas do sistema nervoso, como a síndrome congênita do Zika, levaram à declaração de emergência (internacional e nacional) de saúde pública. Do mesmo modo, um dos principais problemas das ferramentas convencionais de controle de Aedes aegypti e Ae. albopictus é a dificuldade em se encontrar e tratar os diferentes tipos de criadouros, acarretando uma baixa cobertura das atividades de controle larvário, seja por métodos mecânicos ou químicos. Essas espécies usam frequentemente criadouros crípticos, ou seja, muito difíceis de se detectar pelos profissionais de campo, ou situados em locais inacessíveis (incluindo prédios fechados).

Na ausência de vacinas eficazes, disponíveis e de tratamento etiológico específico para as principais arboviroses, bem como as limitações das estratégias convencionais de controle vetorial, o Ministério da Saúde, com o apoio da OPAS, vêm incentivando pesquisas necessárias para o desenvolvimento de novas alternativas para o controle de Aedes.

Você sabia?

VOCÊ SABIA?


A primeira Reunião Internacional para Avaliação de Novas Estratégias para o Controle do Aedes aegypti no Brasil ocorreu em 2016, foram recomendadas diferentes estratégias para serem consideradas no contexto das grávidas, para pesquisas estratégicas e para serem inseridas nas diretrizes do Plano Nacional de Controle da Dengue. Neste último contexto, recomendou-se o uso de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) entre as tecnologias inovadoras para inclusão nas diretrizes do Plano Nacional de Controle da Dengue (SVS–MS 2016).

Agora, você irá conhecer as orientações técnicas para a implantação e manutenção de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) para o controle de Aedes spp., em áreas urbanas, principalmente para o pessoal operacional e de gestão dos programas de prevenção e controle de doenças transmitidas por Aedes, nas diferentes escalas e realidades do Brasil.