Módulo 2 Patogênese e Manifestações Clínicas

Aula 2

Diagnóstico laboratorial da leishmaniose tegumentar


Após entender como a doença se manifesta no organismo, é fundamental saber como diagnosticá-la corretamente. Iniciamos com a leishmaniose tegumentar, uma forma que atinge pele e mucosas e apresenta desafios particulares para o diagnóstico. Vamos explorar os métodos laboratoriais disponíveis — como a visualização direta do parasito, testes moleculares e sorológicos —, suas vantagens, limitações e indicações específicas. Esta aula nos mostra como o conhecimento clínico e laboratorial se entrelaçam na abordagem do paciente.


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Você conhece a estrutura básica de uma célula?

Ilustração comparativa de uma célula eucarionte vegetal (à esquerda) e uma célula eucarionte animal (à direita), ambas com as organelas identificadas por legendas. As estruturas destacadas incluem núcleo com nucléolo, ribossomos, mitocôndrias, retículo endoplasmático rugoso e liso, complexo de Golgi, lisossomos, peroxissomos, vacúolo, membrana plasmática e citoplasma. A célula vegetal apresenta parede celular, cloroplasto, amiloplasto e grande vacúolo central. A célula animal mostra centríolos e microtúbulos. Fonte: Figura 20. Representação esquemática de uma célula eucariótica com suas principais estruturas e funções.​
Figura 20. Representação esquemática de uma célula eucariótica, destacando suas principais estruturas: núcleo (contendo o material genético) e nucléolo (responsável pela produção de ribossomos); ribossomos (síntese de proteínas); retículo endoplasmático (rugoso e liso, para síntese e transporte de proteínas e lipídios); complexo de Golgi (processamento e distribuição de moléculas); mitocôndrias (produção de energia); lisossomos (digestão intracelular); vacúolo (armazenamento de substâncias); centrossomo (organização dos microtúbulos e participação na divisão celular); membrana plasmática (delimitação e controle de trocas com o ambiente); citoplasma (matriz que abriga os organelas); e citoesqueleto (suporte estrutural e movimentação celular).
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Mas como essa coloração é realizada?

Ilustração esquemática de uma amastigota, forma intracelular do parasita Leishmania. A célula é arredondada, delimitada por membrana plasmática, contendo núcleo grande e destacado, cinetoplasto próximo ao núcleo (estrutura mitocondrial com DNA circular), e flagelo residual interno não projetado para fora da célula. A imagem destaca essas estruturas principais com legendas. Fonte: Figura 21. Esquema representativo da morfologia de uma amastigota. SmartServier licenciada CC-BY-4.0.​
Figura 21. Esquema representativo da morfologia de uma amastigota, forma intracelular de parasitos do gênero Leishmania. Destaca o núcleo, o cinetoplasto (estrutura mitocondrial com DNA circular), a membrana plasmática (delimitando a célula), e o flagelo residual não externo, característico desta forma evolutiva. A amastigota é adaptada para sobrevivência no interior de macrófagos do hospedeiro mamífero. Fonte:SmartServier licenciada CC-BY-4.0.
Esquema ilustrativo do procedimento de “imprinting” (carimbo histológico). Mostra, da esquerda para a direita e de cima para baixo: fragmento cilíndrico de tecido; direção e sentido do corte vertical do fragmento; fragmentos resultantes após o corte; forma correta de pinçar o fragmento com uma pinça; execução do carimbo pressionando o fragmento na lâmina de vidro; e disposição final dos carimbos na lâmina, organizados em duas colunas de três carimbos semicirculares, com etiqueta na parte superior da lâmina. Fonte: Figura 22. Procedimento de “imprinting”. Este material é disponibilizado como recurso educacional aberto para fins acadêmicos e científicos. Fonte: os autores.​
Figura 22. Procedimento de “imprinting”: demonstração do fragmento de tecido, direção e sentido do corte, fragmentos resultantes, forma correta de pinçar o fragmento, técnica para realizar os carimbos e a disposição final dos carimbos na lâmina. Este material é disponibilizado como recurso educacional aberto, destinado a fins acadêmicos e científicos. Fonte:os autores.
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Você sabe o que é um meio de cultura?

Esquema do procedimento de coleta de amostra clínica para diagnóstico de leishmaniose. À esquerda, há um tubo de coleta a vácuo contendo meio NNN e solução salina com antibiótico. No centro, a imagem mostra a agulha de coleta acoplada ao canhão, posicionada sobre o tubo sem perfurar sua tampa. À direita, fotografia em preto e branco de uma lesão cutânea ulcerada na pele, que representa o possível local da coleta da amostra. Fonte: Figura 23. Procedimento de coleta de amostra clínica para diagnóstico de leishmaniose.​
Figura 23. Procedimento de coleta de amostra clínica para diagnóstico de leishmaniose. Ilustração do uso de um tubo de coleta a vácuo contendo meio NNN e solução salina com antibiótico. A agulha de coleta é acoplada ao canhão sem perfurar a tampa do tubo. A imagem à direita representa uma lesão cutânea, possível local de coleta da amostra.
Sequência ilustrada do método indireto para isolamento de Leishmania, mostrando as etapas laboratoriais do procedimento. (a) Amostra biológica armazenada em tubo de microcentrífuga sendo segurado com luva. (b) Transferência da amostra para placa de Petri. (c) Fragmentação do material biológico com bisturi dentro da placa. (d) Pinça segurando o fragmento biológico. (e) Transferência do fragmento para tubo de cultura posicionado em suporte. (f) Dois tubos de cultura com meio de cultivo em estante de plástico. (g) Processamento adicional do material com pipetas e tubos na capela. (h) Gotejamento do material biológico sobre lâmina de vidro. (i) Fixação da amostra na lâmina com outra lâmina sendo pressionada. (j) Imagem microscópica de formas parasitárias de Leishmania em campo de visão. Fonte: Figura 24. Demonstração prática do método indireto para isolamento de Leishmania.​
Figura 24. Demonstração prática do método indireto para isolamento de Leishmania. Sequência das etapas laboratoriais do procedimento de isolamento da Leishmania, abrangendo coleta, processamento e cultivo do material biológico. (a) Amostra biológica armazenada em tubo. (b) Transferência da amostra para placa de Petri. (c) Fragmentação do material com auxílio de bisturi. (d) Manipulação do fragmento biológico com pinça. (e) Transferência do fragmento para tubo de cultura. (f) Incubação dos tubos com meio de cultivo. (g) Processamento adicional do material biológico. (h) Preparação da lâmina para análise microscópica. (i) Fixação da amostra na lâmina. (j) Observação de formas parasitárias ao microscópio.Fonte:os autores.
Cartão informativo com o título “VOCÊ SABIA” em destaque no topo. O texto informa que a leishmaniose tegumentar é uma Doença de Notificação Compulsória, sendo obrigatório informar o caso ao sistema de notificação do SUS, que também gere o controle, distribuição de medicamentos e insumos necessários para o atendimento da doença. Explica que todos os exames adotados pelo SUS passam por avaliação científica e estão disponíveis gratuitamente em todo o país. Orienta que, em caso de dúvidas, o paciente procure o Serviço Social nas Unidades de Atendimento para informações sobre seus direitos e necessidades. O fundo do cartão é de cor pêssego claro com detalhes gráficos suaves e um símbolo vermelho na parte inferior.​