Introdução à Saúde Digital

Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a Classificação de Intervenções em Saúde Digital (CDHI). No entanto, com a rápida e constante inovação na área de saúde digital, que está impulsionando o desenvolvimento, a implementação e o refinamento de novas intervenções para atender às diversas necessidades de saúde e dos sistemas de saúde, houve a necessidade de atualização. Por esse motivo, em 2023, a OMS atualizou a CDHI para a Classificação de Intervenções, Serviços e Aplicações em Saúde Digital (CDISAH).

Uma das principais mudanças da nova versão, foi a substituição do termo "Clientes" por "Pessoas" ou "Indivíduos", uma terminologia mais neutra. Também foram feitas atualizações de linguagem para incluir diferentes sistemas de saúde, inclusão de novos descritores e sinônimos para Intervenções em Saúde Digital (DHIs) e a adição de novas DHIs em resposta à pandemia global.

O objetivo dessa Classificação de Intervenções, Serviços e Aplicações em Saúde Digital foi justamente categorizar as diferentes maneiras pelas quais as tecnologias digitais e móveis estão sendo usadas para apoiar indivíduos e atender às necessidades do sistema de saúde. Essa ação visa promover uma linguagem acessível e inclusiva para gestores e profissionais do setor de saúde, facilitando a compreensão e a articulação das capacidades nas implementações de saúde digital.

Essa abordagem também é referida como uma taxonomia e está ancorada na unidade de uma “intervenção em saúde digital”, que representa uma capacidade específica da tecnologia digital para alcançar os objetivos do setor de saúde.

A CDISAH é destinada a stakeholders (parte interessada) do setor de saúde digital, incluindo agências governamentais e de saúde pública, tecnólogos, prestadores de serviços de saúde, financiadores, pesquisadores e acadêmicos, que possuem o objetivo de conduzir pesquisas e sintetizar evidências, realizar inventários nacionais e análises de cenário, desenvolver recursos de orientação para informar o planejamento e articular as capacidades digitais necessárias em relação a desafios, restrições, necessidades e casos de uso.