Módulo 3

Preparação e resposta às Emergências em Saúde Pública no Contexto da COVID-19

Aula 1

Vigilância Genômica

Em um primeiro momento, a vigilância se estruturou para ter registros de casos a partir dos conjuntos de sinais e sintomas descritos anteriormente. Ao longo dos últimos anos, a vigilância vem se fortalecendo para ter resultados de exames laboratoriais que possibilitam maior grau de certeza nos agentes das epidemias.

Para a pandemia da COVID-19, foi ampliada a estrutura para sequenciamento de forma a identificar as cepas do vírus SARS-CoV-2, que ocorre por meio da vigilância genômica. Durante a pandemia, foi possível observar transições entre as variantes dominantes no país, a partir de entrada de variantes de preocupação com maior transmissibilidade.

O processo de mutações em vírus ocorre com frequência, podendo gerar novas linhagens. Muitas vezes estas alterações resultam em uma pequena diferença na capacidade do vírus se disseminar. Entretanto, algumas linhagens levam a uma maior capacidade de disseminação do vírus (maior transmissibilidade) ou podem gerar maior virulência, com maior risco de casos graves ou maior letalidade. Nestes casos, a OMS define estas linhagens como variantes de preocupação (em inglês Variants of Concern - VOC ).

Gráfico sobre as proporções das linhagens do vídus SARS-CoV-2 no Brasil.
Proporções das linhagens do vírus SARS-CoV-2 identificadas no país
Fonte: Vigilância Genômica visitado em 21/09/2021

A imagem apresenta as proporções de linhagens do vírus SARS-CoV-2, ao longo do tempo, como monitorado na rede de Vigilância Genômica. Nela é possível notar claramente uma transição da dominância a partir do final de 2020 e início de 2021. No ano de 2021, a linhagem P.1 (variante gama) passou a se disseminar fortemente em todo o território nacional e se tornou predominante.