Módulo 3

Preparação e resposta às Emergências em Saúde Pública no Contexto da COVID-19

Aula 1

Objetivos de Vigilância de Síndrome Gripal, Vigilância de Síndromes Respiratórias Agudas Graves e Vigilância sentinela

A vigilância da síndrome gripal tem como objetivo monitorar a ocorrência de casos de doenças respiratórias com um conjunto de sinais e sintomas nas vias aéreas respiratórias e, em casos de sintomas de maior gravidade como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desta forma, caso a pessoa apresente sintomas como: febre e/ou dor de garganta ou tosse será classificado como suspeito para síndrome gripal. Já a vigilância da SRAG busca monitorar os casos graves de doenças respiratórias. Estes casos que indicaram sintomas no quadro da SRAG podem levar a hospitalização e ocasionar óbitos.

Os casos seguem para análise laboratorial, no entanto são notificados com base nos sintomas. Deste modo, é realizada como vigilância sindrômica no sentido de registrar o maior número possível de casos positivos, mesmo que se registrem alguns falsos positivos.

Saiba Mais

De acordo com critério internacional, os casos reportados podem ser classificados com SRAG (SARI em inglês) se houver: febre (dispensável em idosos e suspeita de COVID-19), tosse ou dor de garganta, dispneia ou saturação de oxigênio < 95% ou dificuldade respiratória, hospitalização ou óbito.

A vigilância sentinela tem como objetivo a detecção de novos vírus circulantes, assim como a detecção em tempo hábil de novos surtos por eventuais vírus presentes. Esta vigilância é realizada por meio de procedimentos que envolvem análises de amostras coletadas em unidades de saúde e enviadas para análises em laboratório para identificação de vírus, com objetivo de alerta precoce.

A ocorrência de vírus infrequente, novos vírus ou novas cepas são descritas como eventos inusitados e devem ser reportados para ações de controle.

Saiba Mais

Segundo o Guia de Vigilância Epidemiológica (7a Edição, 2009), “evento sentinela é a detecção de doença prevenível, incapacidade, ou morte inesperada, cuja ocorrência serve como um sinal de alerta de que a qualidade terapêutica ou prevenção deve ser questionada. Entende-se que, toda vez que isso ocorre, o sistema de vigilância deve ser acionado para que o evento seja investigado e as medidas de prevenção adotadas” (Guia de Vigilância Epidemiológica (7a Edição, 2009).