Módulo 2 Manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento

Aula 1

Manifestações clínicas

O quadro clínico da FMB causada pela espécie R. rickettsii é marcado por início brusco, com febre alta e cefaleia, podendo haver dores musculares intensas e prostração. Na evolução da doença, podem ocorrer hemorragias, náuseas e vômitos. As manifestações clínicas surgem após um período de incubação que leva em média 7 dias, podendo variar de 2 a 15 dias. O surgimento de lesões na pele, no 3º ao 5º dia de doença, aumenta o grau de suspeição, muito embora existam casos nos quais este sinal pode não ser detectado – no caso de pacientes idosos, submetidos a tratamento específico precocemente, ou mesmo em pacientes negros, pela dificuldade de se observar o exantema, por exemplo.

Quais são as manifestações clínicas da Febre Maculosa Brasileira?
  • Febre
  • Dor de cabeça intensa
  • Dor muscular constante
  • Tosse
  • Náuseas e vômitos
  • Diarreia e dor abdominal
  • Febre alta
  • Exantema macular com acometimento das palmas das mãos e plantas dos pés.
  • Progressão centrípeta do exantema, que na ausência de tratamento pode evoluir para exantema maculopapular e petequial, disseminando-se para o tronco, face, pescoço, evoluindo para a forma grave com lesões equimóticas, hemorrágicas, seguidas por necrose e gangrena.
  • Comprometimento sistema nervoso, pulmonar, hepático, coma, falência múltipla de órgãos e óbito.

Observe os exemplos a seguir:

Atenção

Na ausência de tratamento, o exantema, o sinal mais importantes da FMB, que aparece geralmente no 3º ao 5º dia de doença, atingindo as extremidades, dissemina-se a seguir, centripetamente, para o tronco. O acometimento das palmas das mãos e solas dos pés auxilia no diagnóstico.

O risco de letalidade em casos de febre maculosa é grande?

Sim. Apesar de ser considerada uma doença de baixa frequência, a taxa de mortalidade é elevada devido à agressividade da espécie Rickettsia rickettsii para o organismo humano, falta de diagnóstico adequado e de tratamento precoce e oportuno. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, nas últimas décadas praticamente todos os casos de óbito por febre maculosa tiveram o diagnóstico inicial de dengue. Diante de um caso suspeito, deve-se coletar o sangue para a análise laboratorial e iniciar o tratamento imediatamente, mesmo sem a confirmação laboratorial.

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