Módulo 2 | Aula 3
Sistemas nacionais de Informação de interesse a saúde
Introdução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define os Sistemas de Informação em Saúde como ferramentas essenciais que coletam e processam dados para planejar, organizar e avaliar os serviços de saúde. No Brasil, esses sistemas começaram a ser estruturados nas décadas de 1970 e 1980, com a criação de registros como o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Esses sistemas são essenciais para o planejamento das políticas de saúde.
Com a Constituição de 1988 e a criação do SUS, houve uma descentralização, tornando municípios e estados responsáveis pela geração e uso dos dados. Esses sistemas foram fundamentais para o desenvolvimento de indicadores que auxiliam na criação de estratégias mais eficazes para a saúde pública.
A seguir, apresentamos uma linha do tempo dos principais marcos na implementação dos sistemas de informação no Brasil, que ajudam a entender como o país tem estruturado suas bases de dados de saúde.
1973
A Lei Federal nº 6.015 regulamenta o registro civil no Brasil.
1975
Criação do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
1979
Início da consolidação dos dados do SIM.
1981
Inicio da criação do Sistema de Informação Hospitalar (SIH).
1988
Constituição Brasileira estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS).
1990
Implementação do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC).
1991
SIH passa a fazer parte do SUS.
1993
Início da implantação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
1996
Criação da Rede Interagencial de Informação para Saúde (RIPSA).
2001
Expansão da Rede Interagencial de Informação para Saúde (RIPSA).
2013
Implementação do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB).
Os sistemas de informação em saúde brasileiros evoluíram significativamente desde os anos 1970, ajudando a consolidar um panorama completo da saúde da população. Ao longo das décadas, esses sistemas não apenas ampliaram o acesso aos dados, como também permitiram a criação de indicadores robustos que guiam as políticas públicas. A integração dessas informações é essencial para monitorar as condições de saúde e garantir o desenvolvimento de intervenções eficazes e direcionadas.
Nos próximos tópicos, exploraremos como categorias-chave, como dados demográficos, socioeconômicos, mortalidade, morbidade e fatores de risco, além de recursos e cobertura, fornecem uma base essencial para entender as condições de saúde e desenvolver estratégias para políticas públicas mais eficazes.
Objetivos de aprendizagem
- Retomar o histórico de criação dos principais sistemas nacionais de informações de saúde (SIM, SINASC, SINAN, SIH e SIA).
- Conhecer os sistemas de informação com dados populacionais, econômicos, ambientais, entre outros de interesse para saúde pública.
- Compreender a qualidade, as limitações, a importância, os usos e a forma de disseminação dos dados disponíveis nesses sistemas.
- Entender o valor da coleta desses dados para o desenvolvimento e implementação de políticas de saúde.