#1 - DESCRIÇÃO DOS DADOS
- Coleta ou reutilização dos dados existentes
- Como os dados serão recolhidos ou produzidos e/ou como os dados existentes serão reutilizados?
- Que dados (por exemplo, topos, formatos e volumes) serão recolhidos ou produzidos?
Série 3 | Curso 2
Aula 5
Seja bem-vindo a aula 5 do seu curso! Aqui você terá acesso ao o que é e introdução ao Plano de Gestão de Dados.
Aproveite o conteúdo e bons estudos!
A gestão ativa de dados é fundamental para garantir a sua qualidade viabilizando, quando possível, o seu futuro reuso, compartilhamento e abertura. Recentemente, diversas agências de fomento à pesquisa e financiadores privados passaram a exigir a elaboração de um Plano de Gestão de Dados (PGD) para financiar projetos de pesquisa.
O PGD é um documento formal, dinâmico e atualizável com perguntas orientadoras que estimulam o pesquisador a planejar, de maneira intencional, como se dará a gestão de dados ao longo de todo o seu ciclo de vida - período que é maior que a execução e finalização da pesquisa.
Esta inovação pretende estimular que a gestão ativa de dados se torne parte da cultura científica. Por isso, os financiadores disponibilizam modelos próprios que devem ser preenchidos pelos pesquisadores em, pelo menos, três momentos.
O PGD é um elemento essencial para um projeto de pesquisa de qualidade. Ele não é um documento fixo, mas evolui e ganha maior precisão e substância à medida que o projeto de pesquisa se desenvolve.
A atualização do PDG é necessária na medida em que o projeto de pesquisa se desenvolve. No princípio, não se conhece ainda todos os dados a serem produzidos ou coletados ou ainda seu reuso potencial.
Por isso, ele deve ser:
A Science Europe - associação que reúne 37 organizações de 28 países europeus estão entre as mais importantes organizações públicas que financiam e realizam pesquisas científicas no continente - estabeleceu em novembro de 2018 requisitos essenciais para PGDs no documento “Practical Guide to the International Alignment of Research Data Management”. No vídeo abaixo você poderá identificar os principais tópicos que os financiadores públicos e privados, nacionais e internacionais, estimulam os pesquisadores a refletir para planejar e organizar a gestão de dados:
Diversas plataformas e serviços disponibilizam modelos de PGD que atendem os requisitos dos principais financiadores da pesquisa científica.
Atualmente, as ferramentas mais utilizadas para a elaboração do PGDs são:
Principais modelos de PDGs: H2020 (Comissão Europeia), financiadores do Reino Unido, Wellcome Trust
Assista a vídeo-aula de Pedro Príncipe, do Serviço de Documentação da Universidade do Minho, sobre ferramentas de elaboração de PGDs, especialmente a demonstração do DMPOnline a partir do 7”10´do vídeo abaixo:
Vídeo 2: Ferramentas de Planos de Gestão de Dados
Fonte: USDB UMinho
Desde 2017, a Fiocruz adotou uma série de debates coletivos sobre a adoção da perspectiva da Ciência Aberta, incluindo a elaboração de uma política institucional de gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa, publicada em 2020, e de um modelo próprio de Plano de Gestão de Dados.
A proposta de PGD foi construída pela equipe do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) em colaboração com Grupo de Trabalho de Ciência Aberta (GTCA), coordenado pela Vice Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC).
Este instrumento, foi testado por pesquisadores das diversas áreas do conhecimento nas quais a fundação atua, além de profissionais de informação, tecnologia e segurança. Em outubro de 2022, foi lançando um sistema para elaboração para de planos de gestão de dados de pesquisa. O sistema contém diversas perguntas que irão ajudar o pesquisador na organização e na gestão dos seus dados durante todo o ciclo de vida da pesquisa.
Saiba mais: https://fiopgd.icict.fiocruz.br/plano-de-gestao-de-dados-da-fundacao-oswaldo-cruz
As ferramentas disponíveis para a elaboração de PGDs disponibilizam documentos de texto, com campos abertos, que uma vez preenchidos são encaminhados pelos pesquisadores aos financiadores. Eles são uma espécie de recurso administrativo que facilita o planejamento e organização da pesquisa, mas ainda não são plenamente reconhecidos como parte integrante da prática de pesquisa.
Atualmente, cresce o entendimento que os PDGs reúnem informações valiosas para as partes interessadas na pesquisa (financiadores, comitês de ética, especialistas em direito, pesquisadores, editores, operadores de repositórios, provedores de infraestrutura, equipe de apoio à pesquisa, administradores institucionais, entre outros) e começam investimentos para torná-los acionáveis por máquina. A futura geração de PGDs, já em desenvolvimento, deve melhorar a experiência de todos os envolvidos ao incorporar fluxos de trabalho e favorecer a interoperabilidade entre ferramentas e sistemas de pesquisa, reduzindo tarefas administrativas e melhorando a qualidade das informações sobre a gestão de dados.
Segundo Miksa at al (2019) há dez princípios para um PGD ser acionável por máquina, veja abaixo:
Nesse curso você aprendeu algumas noções sobre o plano de gestão de dados.
Esperamos que tenha sido proveitoso e agora, você concluiu mais esse módulo! Até a próxima aula. Bom trabalho!