Módulo 4 | Aula 2 A Literacia Digital em Saúde como Competência para promover Saúde na APS
A Literacia Digital em Saúde e sua contribuição para a ampliação da LS na APS
E o que a Literacia Digital em Saúde pode contribuir enquanto estratégia para aumentar os níveis de LS dos sujeitos, dentro do cenário da Promoção da Saúde, para os profissionais da APS? Quando se trata da APS é necessário que se entenda que a mesma é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde (BRASIL, 2013, p.18).
A APS deve utilizar tecnologias de baixa densidade, capazes de resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. E sempre, orientar-se pelos princípios da universalidade, acessibilidade, coordenação do cuidado, vínculo e continuidade, integralidade, responsabilização, humanização, equidade e participação social (BRASIL, 2013, p. 18).
Portanto, o desenvolvimento de ações para a promoção da saúde no âmbito da APS desponta como importante resposta à reestruturação do modelo de atenção à saúde e operacionalização de ações que priorizam uma abordagem fundamentada nos determinantes sociais da saúde.
Isto porque a LS envolve uma análise crítica das informações e de como esta será utilizada por meio da apropriação de conhecimentos, informações e fundamentações de maneira que os sujeitos tenham consciência tanto das possibilidades quanto dos impactos de suas escolhas, desenvolvendo autonomia para estabelecer os percursos rumo à saúde e estilos de vida saudáveis. Sendo assim, a Literacia Digital em Saúde impacta na promoção da LS dos profissionais da APS, que se apresenta como uma estratégia eficaz por abordar simultaneamente a saúde e a educação (KICKBUSCH, 2006).
Para os profissionais da APS terem ações e estratégias que visem promover saúde com a Literacia Digital, influência na possibilidade de se ter mais investimentos em práticas e em estilos de vida mais saudáveis dos profissionais e dos usuários do sistema de saúde. Trazendo a possibilidade de mudanças efetivas na concepção de saúde enquanto ausência de doença e a possibilidade do entendimento que a saúde deve ser um investimento cotidiano.