Módulo 5 | Aula 3 Relacionamentos e qualidade de vida
Qualidade de vida para o profissional da saúde
Muito se fala em qualidade de vida e adoção de hábitos saudáveis. As ações de prevenção primária, utilizadas com muita propriedade pelas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) considerando os fatores de risco existentes e a promoção do estilo de vida saudável, parecem ser a associação mais condizente com os esforços para a melhora da saúde pública e qualidade de vida (SPRING; MOLLER; COONS, 2012).
É notório que o cuidar de quem cuida, ou seja, o profissional da saúde, mostra-se necessário para que a qualidade de vida das populações possa ser modificada a partir de modelos reais de comportamentos ou estilos de vida saudáveis. No entanto, grande parte dos profissionais de saúde no Brasil não se engaja em comportamentos de estilo de vida saudável (HIDALGO et al., 2016).
Um alerta sobre esta questão é para o quanto estes profissionais conseguem praticar conhecimentos adquiridos sobre saúde, e revela que nem sempre a teoria condiz com as aplicações das vivências práticas, embora muitas vezes sejam exemplos para a comunidade que os procura.
Entre as possibilidades/ferramentas/estratégias utilizadas na APS como apoio aos usuários, destacam-se intervenções individuais e coletivas, o apoio ao autocuidado, maior qualidade nos cuidados preventivos, educação permanente, educação para a saúde, discussão de casos e ações conjuntas com outros setores, não diretamente relacionados à saúde.
As equipes de APS devem estimular e empregar procedimentos de colaboração entre elas e as pessoas, entendendo o autocuidado apoiado como uma relação de diálogo entre os saberes de cuidar de si e os saberes de cuidar do outro.
O grupo é um dispositivo para olhar as relações e os modos de viver, produzindo mudanças que possam melhorar a qualidade de vida. Esses grupos podem ser classificados em três modelos básicos. Clique nas abas para conhecer esses grupos.
Sala de Espera
Dirigido aos usuários que estão aguardando a hora da consulta, formado espontaneamente, sem história temporal e com um único encontro.
Fechados
Têm como característica básica a delimitação dos participantes e do tempo de duração da existência do grupo, ou seja, começa e termina com os mesmos participantes e segue um cronograma previamente determinado, porém com certa flexibilidade, de acordo com o interesse do grupo.
Abertos
Têm como característica básica a variabilidade do tempo e dos participantes, ou seja, o tempo varia para cada participante e o número destes varia de acordo com o espaço físico do local.
A forma de realização do trabalho irá depender das demandas, dos objetivos propostos para a criação do grupo, da infraestrutura e do tempo disponível para o desenvolvimento das atividades. (BRASIL, 2014).
Você encontrará aqui um link para o vídeo Segredos da qualidade de vida: Resiliência.