Promoção da Saúde Mental de Jovens Indígenas

Olá, eu sou a professora Kellen Gasque, pesquisadora da Fiocruz de Brasília e coordenadora geral do curso de Promoção de Saúde dos Jovens Indígenas. Aqui hoje, eu vou apresentar para vocês a estruturação do curso e seus objetivos de aprendizagem. Inicialmente, eu gostaria de contar como esse curso foi desenhado.

Ele foi desenhado a partir de resultados de pesquisa conduzidos por um professor, que é o professor James Moura Junior, da UNILAB e da UFC, são duas universidades no Ceará. Ele trabalha com comunidades quilombolas e indígenas, com foco no manejo e em pesquisas-ação relacionadas com a saúde mental dessas populações. Com base nos resultados das pesquisas dele, a gente observou que havia necessidade de melhorar a qualificação dos trabalhadores da saúde que lidam com essa população jovem, principalmente, e com a própria comunidade. A própria comunidade também precisa melhorar a sua qualificação relacionada à saúde mental desses jovens.

Então, o curso foi pensado com esse propósito, para a gente melhorar essa qualificação dos trabalhadores. Nesse sentido, a gente montou um curso com três módulos. No primeiro módulo, vocês vão poder estudar e conhecer, identificar quais são os principais agravos em saúde mental que afetam esses jovens indígenas. Por exemplo, depressão, ansiedade, questões relacionadas ao uso abusivo de álcool e outras drogas, e também falar sobre as violências. No final desse primeiro módulo, vai ser possível identificar esses principais agravos.

Em seguida, nós vamos falar dos principais protocolos clínicos e do manejo de como lidar a partir do momento que identificou que temos esse jovem com agravo em saúde mental. Então, como que a gente vai fazer um manejo clínico mais adequado, reconhecendo todos os saberes que envolvem as comunidades indígenas. Como que a gente vai trabalhar utilizando também técnicas de educação popular.

E, por fim, nós vamos trabalhar falando sobre como que a comunidade pode prevenir que ocorram esses agravos com esses jovens indígenas. Novamente, vamos trazer o bem viver, o reconhecimento dos saberes dos povos tradicionais, para que a gente possa ter uma comunidade mais saudável e evitar que esses jovens tenham tanta prevalência em doenças mentais.

Os objetivos desse curso, no final, serão que você possa identificar, saiba como fazer o manejo clínico desse jovem e também como fazer estratégias de prevenção para evitar a prevalência desses agravos em saúde mental. Vamos começar então? Ótimo curso!